Ciência explica o porquê de carros sedan não terem limpador de vidro traseiro

Os carros do segmento dos sedans oferecem conforto, espaço interno e visual diferenciado, mas mas muitos dos veículos deste tipo trazem um detalhe curioso que, para muitos, passa sem ser notado: a ausência do limpador de vidro traseiro.

O que poucos sabem, porém, é que as razões por trás de os carros sedan não terem limpador de vidro traseiro vão muito além da estética, e há uma explicação baseada na Ciência para isso. Ficou curioso? Então preste atenção, pois o CT Auto vai explicar tudinho.

Apesar da aparente necessidade, especialmente em manobras em baixa velocidade durante dias chuvosos, a maioria dos sedans não conta com o equipamento. A explicação não está em negligência das montadoras, mas sim em fatores técnicos, aerodinâmicos e estéticos, que tornam o limpador traseiro dispensável em veículos desse segmento.


Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.

Aerodinâmica e engenharia como protagonistas

A principal razão para a ausência do limpador traseiro em sedans está na aerodinâmica. O desenho da carroceria permite que o ar circule de forma contínua sobre o vidro traseiro, ajudando a remover água e poeira naturalmente. Isso reduz a necessidade de um sistema de limpeza adicional, especialmente em velocidades médias e altas. Nessas condições, o formato alongado da traseira dos sedans favorece o escoamento natural da água, graças ao fluxo de ar que percorre o vidro traseiro.

Aerodinâmica explica o porquê de carros sedan não terem limpador no vidro traseiro (Imagem: Divulgação/Mercedes-Benz)

Para efeitos de comparação, vale lembrar que em carros de outros segmentos, como hatches e SUVs, o design mais vertical da traseira cria “zonas de turbulência” que acumulam água e sujeira, exigindo o uso do limpador.

Há ainda razões que são aplicadas à engenharia envolvida no projeto de construção dos sedans: a própria estrutura desse tipo de carro dificulta a instalação do acessório. Como o vidro traseiro é separado da tampa do porta-malas, seria necessário um projeto mais complexo para acomodar o limpador sem comprometer a funcionalidade e o design do compartimento de bagagem.

Estética e mercado: o toque final

Outro fator que pesa na decisão das montadoras é o impacto visual. O limpador traseiro pode comprometer o design limpo e elegante dos sedans, que muitas vezes priorizam a estética como diferencial competitivo.

Modelos que desafiaram essa tendência, como o Mitsubishi Lancer Evolution, acabaram sendo exceções voltadas a mercados com condições climáticas mais extremas, como neve. Nesses casos, a presença do limpador acaba sendo justificável, até por motivos de segurança.

Em resumo, a ausência do limpador traseiro nos sedans é resultado de uma combinação de fatores técnicos, funcionais e visuais. Longe de ser uma falha, trata-se de uma escolha consciente que acompanha a lógica de projeto e o perfil de uso desses veículos.

Leia também: 

Vídeo: Peugeot 2008: conheça detalhes do novo SUV compacto

Leia a matéria no Canaltech.