Chuveiro elétrico X a gás: qual é melhor e mais econômico? Nós fizemos as contas

A escolha entre chuveiro elétrico e aquecedor a gás pode parecer simples, mas envolve mais variáveis do que se imagina. Vai além do conforto no banho, e inclui custo de instalação, consumo de energia ou gás, manutenção e até a estrutura da casa, com possíveis reformas ou adequações. 

Para ajudar nessa decisão, o Canaltech explica como funciona cada sistema, quanto custa colocar um aquecedor a gás em casa e em quais casos cada um faz mais sentido.

Como cada um funciona na prática

O chuveiro elétrico é o que quase todo mundo conhece. A água passa por uma resistência interna que aquece o fluxo na hora, sem precisar de preparação ou infraestrutura especial. É só ligar na rede elétrica, e pronto. 


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Esse é um dos principais motivos de esse ser o sistema mais usado no Brasil. Além disso, o baixo custo e a praticidade são outros diferenciais. 

Chuveiro elétrico é o mais simples, prático e acessível (Imagem: Divulgação/Lorenzetti)

Em contrapartida, a vazão geralmente é mais limitada, e a estabilidade da temperatura pode variar conforme a pressão da água ou a potência do chuveiro. Dependendo da época do ano, isso pode ser um problema e deixar o banho muito desconfortável.

o aquecedor a gás exige um pouco mais de preparo. A água passa por um trocador de calor, aquecido por uma chama alimentada por gás — seja o GLP, de botijão, ou o GN, encanado. 

O resultado é uma vazão maior e mais estável, com temperatura constante e conforto muito superior. Além disso, dá para levar a água quente para outros pontos da casa, como pias e lavanderias. 

Mas aí entram os pontos negativos. Esse tipo de sistema exige instalação profissional, tubulação específica e, em alguns casos, um pressurizador. Além disso, o preço para instalação do kit não é muito acessível. 

O custo para ter um sistema a gás completo

Se a ideia for instalar um aquecedor a gás em casa, é preciso se preparar para investir mais do que no modelo elétrico. Só o aparelho, com aquecedor de 15 litros por minuto, custa cerca de R$ 1.500, levando em consideração modelos com bom custo-benefício. 

O kit para uso ainda inclui monocomando, para controlar a temperatura na saída, pressurizador e a mão de obra com kit de instalação e tubulações. Se colocar tudo isso na ponta do lápis, o valor final pode ficar em torno de R$ 3.600, apenas para ter o sistema em casa. 

  • Aquecedor de 15 L/min: R$ 1.500;
  • Pressurizador: R$ 450;
  • Monocomando: R$ 200;
  • Serviço de instalação com kit de exaustão e tubulação: R$ 1.470;
  • Total estimado de equipamentos: R$ 3.600.

É um investimento alto, e ele só se justifica em alguns cenários específicos, principalmente porque o gasto mensal com gás também pode ser considerável. 

Com botijão comum

Com o GLP, o consumo de uma pessoa que toma banho todos os dias por 10 minutos gira em torno de um botijão de 13 kg por mês.

Isso dá algo perto de R$ 110 mensais, ou até mais, dependendo da região. Com duas pessoas em casa, esse valor duplica, e vai para mais de R$ 200.

Com gás encanado

Agora, se a casa tem acesso ao gás natural encanado, a conta muda. Em vez de pagar pelo botijão, você paga por metro cúbico de gás. E o valor médio gira em torno de R$ 4 a R$ 5 por m³, a depender da região. 

Um banho de 10 minutos consome cerca de 0,27 m³ de GN, o que dá algo entre R$ 1 e R$ 1,35 por banho. No fim do mês, o gasto com gás natural fica na faixa de R$ 30 a R$ 40 por pessoa, bem mais competitivo do que o GLP e até próximo do valor do chuveiro elétrico.

Quando o chuveiro elétrico é a melhor escolha

Na maioria dos casos, o bom e velho chuveiro elétrico ainda é a opção mais racional. Ele resolve bem para quem mora sozinho ou em casal, tem uma rotina simples e não quer dor de cabeça com instalação. 

A economia a longo prazo também pesa: a diferença no valor da conta de energia em comparação com o gás faz sentido para orçamentos mais apertados.

Além disso, ele é fácil de substituir e exige pouca manutenção. E por mais que não ofereça o mesmo nível de conforto que o sistema a gás, ele dá conta do recado.

Isso principalmente com modelos mais modernos, que entregam boas opções de temperatura e até controle eletrônico.

Se o inverno na sua região não é muito rigoroso, tendo que enfrentar apenas algumas ondas de frio aqui e ali, o Canaltech deu uma dica neste artigo para resolver o problema do banho gelado. 

Onde o aquecedor a gás faz mais sentido

Se a ideia é ter mais conforto e estabilidade de temperatura, o aquecedor a gás é a melhor pedida. 

Ele permite banhos mais longos, com vazão maior e temperatura constante, e ainda pode alimentar torneiras e chuveiros em diferentes pontos da casa.

O ganho em conforto é real — e quem tem família grande sente bastante a diferença na conta de luz ao fazer a migração.

Esse sistema também se torna mais vantajoso em locais com gás natural encanado.

Nesses casos, o custo por banho cai drasticamente, e o gasto mensal se aproxima do que você teria com energia elétrica — com a vantagem de oferecer uma experiência bem superior. 

A conta de gás se mantém estável, e o abastecimento é contínuo, sem a preocupação com a troca de botijão.

Qual é a vida útil de cada sistema e necessidade de manutenção?

A vida útil de um chuveiro elétrico costuma girar em torno de dois a três anos, dependendo da qualidade do modelo e da instalação elétrica.

Em alguns casos e cenários, também é possível que chegue ou ultrapasse 5 anos de uso.

Como o sistema é simples e barato, a troca geralmente compensa mais do que tentar consertar, o que reforça a praticidade, mas também exige atenção para garantir uma instalação segura e compatível com a rede da casa.

Manutenções de chuveiros elétricos também é mais prática (Imagem: Divulgação/Lorenzetti)

Também é importante destacar que, em alguns modelos, a simples troca da resistência já é o suficiente para usar o chuveiro por ainda mais tempo, o que torna sua manutenção mais prática.

Já o aquecedor a gás pode durar de 10 a 15 anos com a manutenção em dia. A longevidade é um dos pontos fortes do sistema, mas exige revisões periódicas para garantir o bom funcionamento, evitar vazamentos e manter a eficiência. 

Modelos mais modernos contam com sensores e sistemas de segurança que ajudam a preservar o equipamento por mais tempo.

As manutenções, no entanto, devem ser periódicas e recomenda-se que seja feita pelo menos uma vez por ano. 

Afinal, qual vale mais a pena?

Em resumo, se o foco é economia e praticidade, o chuveiro elétrico ainda é imbatível. Ele funciona bem na maioria das casas, é barato de instalar e não dá trabalho. Sua manutenção também é mais prática e exige menos investimento do que o modelo a gás. 

Mas se você valoriza conforto, tem uma casa preparada para receber o sistema e está disposto a investir, o aquecedor a gás pode ser uma ótima escolha — especialmente se for abastecido por gás natural encanado.

Mas é importante destacar que o alto custo não é apenas para a instalação, e o sistema a gás requer um cuidado e atenção maiores, com revisões e manutenções indicadas todo ano.

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