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Big techs sob risco: Morada Capital vê valuations esticados pela euforia da IA

Big Techs Sob Risco: Morada Capital Vê Valuations Esticados Pela Euforia da IA

O avanço das big techs impulsionado pela inteligência artificial tem despertado entusiasmo entre investidores, mas também preocupação com o grau de concentração do mercado americano. De acordo com Alex Gonçalves e Murilo Arruda, sócios e gestores da Morada Capital, embora o setor de tecnologia viva um momento de geração real de lucro, a euforia pode estar levando valuations a níveis difíceis de sustentar.

Os gestores da Morada Capital adotam uma estratégia que privilegia empresas com volatilidade controlada, entre 10% e 12%. No entanto, no Brasil, isso se mostra um desafio adicional diante de uma taxa de juros ainda alta. “Não dá para pedir ao investidor local que aceite uma volatilidade de 20% ou 25% quando ele dobra o capital em seis anos com o CDI e risco zero”, completou Arruda.

Desafios do Investidor Brasileiro

O investidor brasileiro tem uma relação emocional com o mercado doméstico e dificuldade em diversificar globalmente. “Poucos brasileiros investem no S&P 500. Aqui, a cultura ainda é esperar a Bovespa virar a esquina e voltar”, observou Gonçalves. Levar o investidor a entender o efeito composto dos retornos em dólares é parte essencial da proposta da gestora.

Além disso, a concentração do mercado americano é um fator que preocupa os gestores. “O nível de concentração do S&P 500 é o maior da história, e quanto mais concentrado o setor, maior tende a ser a rentabilidade. Mas isso também torna o sistema mais vulnerável”, alertou Gonçalves.

  • A Apple negociava a 12 vezes lucro e já diziam que era bolha. Hoje continua sendo acusada de bolha, mas segue crescendo e gerando resultado.
  • O S&P 500 está mais caro porque ficou mais qualificado. “O índice ficou mais caro não porque perdeu fundamento, mas porque a qualidade das empresas aumentou. A concentração está justamente onde o lucro está”, afirmou Arruda.
  • A NVIDIA simboliza esse novo momento. “Ela pode estar cara, mas não é uma bolha. A receita está ali, o lucro está ali. Diferente dos anos 2000, agora existe demanda real para a tecnologia — e ela é maior do que a oferta”, avaliou Arruda.

Conclusão

Para Gonçalves e Arruda, a principal lição é que, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, investir exige método, paciência e repetição. “O mercado americano demanda disciplina e aprimoramento constante dos processos. Não é sobre prever o próximo cavalo vencedor, mas sobre entender onde o capital está gerando valor de forma consistente”, concluiu Arruda.

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