A B3 lança nesta segunda-feira (21), os contratos futuros de ouro (ticker GLD). O novo produto amplia o portfólio de derivativos da Bolsa brasileira e busca atrair tanto investidores de varejo quanto institucionais, ao oferecer uma alternativa acessível, segura e alinhada ao preço internacional do metal precioso.
Com cotação em dólares e liquidação exclusivamente financeira, o contrato acompanha o preço internacional do ouro e foi estruturado para facilitar o acesso ao metal precioso em um ambiente regulado.
Cada unidade negociada representa 1 onça-troy de ouro fino (cerca de 32 gramas), com cotação baseada na referência internacional LBMA Gold Price, amplamente adotada nos principais centros financeiros. Por ter valor nocional reduzido, o contrato foi estruturado para ser mais acessível ao investidor pessoa física, ao mesmo tempo em que oferece uma ferramenta eficiente de diversificação de carteira e gestão de risco.
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Exposição ao ouro com flexibilidade e transparência
Assim como os já consolidados minicontratos de índice e dólar, o contrato futuro de ouro foi desenhado para operar com ajustes diários e negociação eletrônica, promovendo um ambiente ágil, padronizado e transparente.
A variação do contrato reflete diretamente a oscilação do ouro no mercado internacional entre a data de entrada e o vencimento. Com isso, o investidor pode explorar tanto movimentos de alta quanto de baixa, utilizando o ativo para operações especulativas, proteção patrimonial ou estratégias táticas de curto prazo.
Por ter a liquidação exclusivamente financeira, o que elimina a necessidade de entrega física do metal, simplifica o processo operacional, tornando o contrato uma alternativa prática para fundos, gestoras e empresas com exposição ao ouro — inclusive como instrumento de hedge contra variação cambial ou volatilidade da commodities.
Potencial de arbitragem e alinhamento global
Negociado em dólares e ancorado a uma referência internacional amplamente reconhecida, o GLD pode atrair também investidores internacionais, interessados em operações de arbitragem entre diferentes mercados de ouro. Essa característica amplia o alcance do produto e contribui para a construção de liquidez local com padrão global.
Embora tenha sido concebido com foco no varejo, o contrato também atende a empresas do setor de mineração e instituições financeiras que buscam eficiência na exposição à commodity. Além da diversificação tradicional, o derivativo permite estratégias mais dinâmicas, como operações baseadas na volatilidade intradiária, posicionamento direcional e proteção de portfólios em momentos de estresse nos mercados.
A chegada do contrato futuro de ouro ocorre em um momento de destaque da commodity no cenário internacional, impulsionado por fatores como instabilidade geopolítica, inflação persistente e aumento na busca global por ativos de proteção.
Nesse contexto, o produto amplia as possibilidades de atuação dos investidores brasileiros, que agora podem se posicionar diretamente na oscilação do ouro sem sair do ambiente regulado da B3.
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