Ariana Grande voltou a movimentar a indústria da música ao confirmar a etapa final de sua aguardada turnê mundial, prevista para se estender até 2026. O anúncio, feito nesta terça-feira (16), trouxe euforia para parte dos fãs internacionais, mas também frustração para os brasileiros: o país não está incluído na rota de shows.
A notícia chega em um momento de grande expectativa, já que a cantora de “yes, and?” não realiza apresentações no Brasil desde a “Dangerous Woman Tour”, em 2017. Desde então, Ariana acumulou novos trabalhos, consolidou ainda mais sua carreira e cultivou uma legião de admiradores que aguardavam ansiosamente por sua volta.
Entre os destaques da nova etapa está Londres, que ganhará uma espécie de residência temporária da artista. O público britânico respondeu em peso à abertura das vendas, resultando em uma procura que ultrapassou os 2 milhões de interessados. Como consequência, mais cinco datas foram adicionadas no lendário The O2 Arena, totalizando quase duas semanas de apresentações consecutivas.
Esse formato reforça uma estratégia já adotada por grandes nomes da música internacional, que buscam concentrar múltiplos shows em cidades estratégicas ao invés de longas viagens por diferentes países. Além de reduzir custos logísticos, esse modelo oferece maior segurança para a artista e sua equipe.
Ariana Grande: Trauma ainda influencia decisões da cantora
A ausência do Brasil na agenda reacendeu discussões sobre o motivo de Ariana evitar algumas regiões em suas turnês recentes. Especialistas apontam que a artista ainda carrega fortes marcas emocionais após o atentado de Manchester em 2017, quando uma explosão após seu show deixou 22 mortos e mais de 50 feridos. Desde então, Ariana tem adotado uma postura mais cautelosa ao planejar compromissos ao vivo, priorizando locais considerados mais seguros ou de maior infraestrutura.
Outro fator é a longa pausa que a cantora fez nos palcos. Sua última turnê completa foi a “Sweetener World Tour”, em 2019, que promoveu os álbuns Sweetener (2018) e Thank U, Next (2019). Desde então, a estrela lançou Positions (2020) e, mais recentemente, Eternal Sunshine (2024), discos que ainda não foram apresentados ao vivo para grande parte dos fãs ao redor do mundo.
Nas redes sociais, fãs brasileiros demonstraram tristeza ao perceber que não haverá oportunidades de assistir Ariana Grande em solo nacional. Muitos compararam a decisão com outras artistas que priorizam turnês em países da América Latina, como Taylor Swift e Beyoncé. A exclusão reforça a sensação de que o Brasil, apesar de seu enorme mercado consumidor, nem sempre entra no planejamento estratégico de certas estrelas internacionais.
Ainda assim, a esperança permanece. Produtores locais acreditam que, com a demanda evidente, novas datas poderiam ser adicionadas futuramente, caso a artista e sua equipe decidam expandir a turnê. Até lá, resta aos fãs brasileiros a opção de viajar para acompanhar os espetáculos em Londres ou em outras cidades contempladas.
O certo é que Ariana Grande segue consolidada como uma das maiores vozes da música pop contemporânea. Com um repertório atualizado e um público fiel, a cantora promete transformar sua turnê em um dos eventos mais marcantes da década, mesmo que, por enquanto, longe do Brasil.
