Algospeak: A Linguagem Criada para Driblar Algoritmos
O Ministério Público, em parceria com o Núcleo de Prevenção à Violência Extrema (NUPVE), lançou recentemente o Glossário Analítico das Subculturas Violentas. Esse material reúne expressões, códigos e símbolos presentes em ambientes virtuais marcados por discursos de ódio, processos de radicalização e apologia à violência.
Elaborado após dois anos de pesquisa, o documento tem como finalidade apoiar famílias, educadores, profissionais da segurança pública e operadores do direito na interpretação da linguagem utilizada por grupos extremistas e comunidades digitais que colocam em risco a integridade física e emocional de crianças e adolescentes.
No entanto, apesar dos esforços em combater esse tipo de conteúdo, criadores de conteúdo recorrem a brechas para driblar a detecção automatizada. O termo “algospeak” designa justamente essa prática de burlar o monitoramento e evitar bloqueios, desmonetização, silenciamentos ou exclusões de postagens.
Os usuários substituem letras por números ou símbolos, recorrem a expressões indiretas, alteram propositalmente a ortografia de certas palavras ou até utilizam emojis como linguagem codificada. Por exemplo, “unalive” seria o termo transformado a partir da sua origem, “killed”.
Essa prática de “algospeak” também se agrava devido à falta de transparência das redes sociais sobre como funciona o engajamento das publicações, levando a um cenário de autocensura.
É importante entender o significado e a prática do “algospeak” para combater a disseminação de conteúdo prejudicial e proteger a integridade das comunidades online.
- Entenda o que é “algospeak” e como ele é utilizado para burlar a detecção automatizada.
- Conheça as estratégias utilizadas pelos criadores de conteúdo para evitar bloqueios e desmonetização.
- Compreenda a importância de combater a disseminação de conteúdo prejudicial e proteger a integridade das comunidades online.
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