Em um movimento que intensifica as tensões políticas, o deputado Eduardo Bolsonaro tem defendido publicamente um boicote às negociações de empresários brasileiros, sinalizando um possível aumento das sanções contra o Brasil. A declaração ocorre em um momento já delicado, com o ex-presidente Jair Bolsonaro enfrentando acusações e investigações.

A postura de Eduardo Bolsonaro, que inclui o apoio a aliados como Paulo Figueiredo em ações de boicote contra negociações com os EUA, levanta questões sobre a extensão de sua influência e suas intenções em relação à política externa brasileira. A situação ganhou contornos ainda mais dramáticos com a sugestão de que Trump poderia adotar medidas extremas contra o Brasil, caso o governo e o STF não cedessem às pressões.

O Partido dos Trabalhadores (PT) já se manifestou, formalizando um pedido para que a Procuradoria-Geral da República (PGR), o STF e o Ministério das Relações Exteriores investiguem a conduta do deputado, incluindo o possível uso indevido de passaporte diplomático durante sua estadia nos EUA. Este pedido se junta a outros dois processos de cassação por quebra de decoro que Eduardo Bolsonaro já enfrenta.

Desde que se mudou para os EUA em 2024, Eduardo Bolsonaro tem utilizado as redes sociais para expressar seu descontentamento com as ações contra Jair Bolsonaro, chegando a mencionar a busca por “sanções contra violadores de direitos humanos”, numa referência velada ao STF. A oposição vê nessas atitudes uma clara campanha contra as instituições brasileiras, o que justificaria a aceleração dos processos de cassação.

O líder do PT, por sua vez, articula a unificação dos pedidos de cassação, visando intensificar a pressão política sobre o deputado. A situação é complexa e envolve diversas instâncias, desde o legislativo até o judiciário, com implicações diretas nas relações internacionais do Brasil.