O envio de missões para a Lua representa avanços científicos significativos no campo da astronomia mundial. Contudo, a chegada ao satélite natural também carrega componentes de orgulho nacional, e ações simbólicas, como fincar uma bandeira na superfície lunar, podem representar essa conquista.
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Até o momento, apenas missões enviadas pelos Estados Unidos e pela China fincaram flâmulas de seus respectivos países no local. Mas, além da quantidade de bandeiras hasteadas na superfície lunar, há também diferenças em relação à forma como chineses e norte-americanos realizaram esse feito.
Bandeiras das missões Apollo
A primeira vez que uma bandeira foi hasteada na Lua ocorreu em 1969, durante a missão Apollo 11, da NASA, que levou os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin ao satélite natural. A bandeira, feita de náilon, no entanto, não permaneceu de pé por muito tempo, já que Aldrin relatou ter visto o item voar durante a decolagem da espaçonave.
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Mesmo assim, os EUA trataram de fincar bandeiras no solo lunar em todas as outras cinco ocasiões em que astronautas do país pousaram na superfície da Lua: nas missões Apollo 12, 14, 15, 16 e 17 — todas hasteadas manualmente pelos humanos.
Flâmulas chinesas na Lua
Em 2020, cerca de 50 anos após os Estados Unidos hastearem uma bandeira na Lua pela primeira vez, foi a vez da China realizar esse feito. A flâmula chinesa foi levada ao satélite natural pela sonda lunar Chang’e-5. O item tem 2 metros de largura, 90 centímetros de altura e pesa cerca de um quilo.
Uma segunda bandeira chinesa foi fincada na Lua em 2024, durante a missão Chang’e-6. Esse segundo item, colocado no lado oculto da Lua por meio de um braço robótico da sonda, é feito de basalto rochoso vulcânico, com o objetivo de resistir à corrosão e às temperaturas extremas do ambiente lunar.
Respeito ao tratado da ONU
Apesar da simbologia envolvida no hasteamento de bandeiras na Lua, as nações devem realizar esse ato em conformidade com o Tratado do Espaço Exterior, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1967.
O Artigo II do documento estabelece que “o espaço exterior, incluindo a Lua e outros corpos celestes, não está sujeito à apropriação nacional por reivindicação de soberania, por meio de ocupação ou por quaisquer outros meios”.
Portanto, o ato de fincar uma bandeira na Lua não pode ultrapassar os limites simbólicos, sob pena de ser interpretado como uma tentativa de reivindicar posse sobre o satélite natural.
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