A Polícia Civil de Alagoas revelou nesta quinta-feira (17) que o motorista de aplicativo Josivaldo dos Santos da Silva inventou um sequestro e incendiou o próprio carro para tentar receber R$ 50 mil do seguro veicular.
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Segundo o delegado Igor Diego, da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), Josivaldo comprou gasolina em um posto, levou o veículo até uma área isolada e ateou fogo no automóvel, momento em que acabou se ferindo. Para justificar os ferimentos, ele alegou que havia sido queimado por criminosos durante um falso sequestro.
O caso foi registrado inicialmente no sábado (13), quando o motorista afirmou ter sido rendido e levado para um canavial em Maceió. A investigação, no entanto, desmentiu a versão.
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Ele deve responder por falsidade ideológica, comunicação falsa de crime e estelionato, crimes que juntos podem somar até 10 anos de prisão. Além de perder a cobertura do seguro, é claro.
Mas você sabe o que pode te fazer perder a cobertura de seguro do seu veículo? Há diversas regras no contrato que implicam nisso. Confira as 5 principais.
5. Informar dados falsos à seguradora
No momento da contratação, é fundamental ser transparente com as informações repassadas à seguradora. Dados incorretos, como o endereço onde o carro passa a maior parte do tempo ou o número de condutores que utilizam o veículo, podem ser interpretados como tentativa de fraude. Isso vale tanto para o CEP quanto para omissões sobre o uso real do carro.
Se a empresa constatar a divergência, a apólice pode ser cancelada e o pagamento da indenização, negado.
4. Usar o carro para uma função diferente da declarada
Cada tipo de uso implica um nível diferente de risco, e por isso as seguradoras levam isso em conta ao calcular o valor da apólice. Se o carro for contratado como de uso particular, mas passar a ser utilizado para transporte de passageiros por aplicativo, entregas ou serviços profissionais, sem comunicação prévia à empresa, a cobertura pode ser automaticamente invalidada.
Mesmo que o seguro esteja em dia, o uso fora do que foi acordado é considerado quebra de contrato.
3. Fazer modificações sem informar a seguradora
Mudanças na estética ou na estrutura do carro — como rebaixar a suspensão, pintar de outra cor, turbinar o motor ou trocar rodas e para-choques — precisam ser comunicadas à seguradora.
Essas alterações podem influenciar no risco de acidente ou roubo, e por isso devem constar no contrato. Se o carro sofrer um sinistro e a empresa identificar modificações não declaradas, o seguro pode não cobrir os danos, mesmo que o pagamento da apólice esteja em dia.
2. Forçar a passagem em áreas alagadas
Apesar de os seguros normalmente cobrirem prejuízos causados por enchentes, há uma condição importante: o motorista não pode deliberadamente entrar em vias alagadas.
Se for comprovado que a pessoa assumiu o risco de atravessar uma área com acúmulo de água — o que pode danificar o motor ou causar perda total — a seguradora pode se recusar a pagar qualquer indenização, alegando má conduta por parte do condutor.
1. Dirigir sob efeito de álcool
Essa é uma das situações mais graves. Caso o motorista se envolva em um acidente e esteja alcoolizado, o seguro não cobre os danos. Além da multa e da suspensão da carteira de habilitação, previstas no Código de Trânsito Brasileiro, o condutor perde o direito à indenização, mesmo que esteja em dia com todas as obrigações do seguro.
Isso vale para qualquer quantidade de álcool detectada em exames, reforçando a importância de nunca dirigir após beber.
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