Camila Cabello está de casa nova — e que casa. A estrela cubana-americana agora integra o poderoso casting da Full Stop Management, escritório comandado por Irvin e Jeffrey Azoff, os mesmos nomes por trás de carreiras como Harry Styles, Tate McRae, John Mayer e U2. A mudança marca um novo capítulo na trajetória da cantora, que está atualmente em turnê com a “Yours, C Tour”, com passagem confirmada pelo Brasil em setembro, no festival The Town.
O anúncio foi feito pelo The Hollywood Reporter e confirma que a artista agora será acompanhada diretamente por Jeffrey Azoff, Tina Kennedy, Maria Chon e Gian Mitchell — este último já atuava ao lado de Camila na gestão anterior. O novo time assume após o fim da longa parceria com Roger Gold e sua empresa, Gold Music Management, que cuidava da carreira solo da cantora desde sua saída do Fifth Harmony, em 2016. As razões para o rompimento não foram divulgadas.
Mesmo com uma base sólida de fãs e hits como “Havana” e “Señorita” no currículo — ambos chegaram ao topo da Billboard Hot 100 —, o momento atual da cantora é de reconstrução. Seu álbum mais recente, “C,XOXO”, não teve a mesma força comercial dos trabalhos anteriores, mas Camila parece decidida a virar a página. A “Yours, C Tour” tem foco justamente nessa nova fase, com um repertório que celebra toda a sua discografia e aposta nas faixas do novo projeto.
Com mais de 19 bilhões de streams acumulados no Spotify, Camila Cabello ainda é um dos nomes mais influentes do pop latino e norte-americano. Agora sob o comando de um dos escritórios mais disputados da indústria, a expectativa é que sua carreira ganhe novo fôlego — e talvez até um novo rumo artístico.
A turnê segue passando por palcos da Ásia, Austrália e Europa antes de chegar à América do Sul. No Brasil, Camila se apresenta no dia 14 de setembro, no The Town, em São Paulo, prometendo um show que mistura nostalgia, novidades e, quem sabe, uma prévia do que vem por aí nessa nova fase.
Como Camila Cabello se sentiu com críticas ao novo álbum
Camila Cabello revelou, em uma entrevista à revista Dork, como lidou com as críticas ao seu mais recente álbum, C, XOXO (2024). A cantora não escondeu o impacto emocional que os comentários negativos tiveram sobre ela.
“Isso me destruiu”, confessou. “Não sei como outros artistas conseguem lidar com esse tipo de coisa, porque a negatividade realmente me deprime.”
Segundo Camila, o período após o lançamento do disco foi marcado por sentimentos intensos e confusos. “Foi um momento muito estranho e intenso, e eu comecei a me dissociar, algo que só aconteceu algumas poucas vezes na minha vida. Eu estava sendo eu mesma, mas algumas pessoas simplesmente não gostaram. Senti que não conseguiria passar por isso de novo.”
A cantora também admitiu que a reação do público a pegou de surpresa. “No início, fiquei magoada e me senti péssima com a repercussão. Mas agora estou mais aberta a ouvir o lado positivo das coisas. Ainda estou processando tudo. Mesmo que ninguém tivesse gostado, eu ainda amaria esse disco, porque fiz algo que me pareceu verdadeiro. Mas saber que algumas pessoas se conectaram a essa música me faz sentir compreendida. Não sei se já vivi algo assim antes.”
Ela ainda refletiu sobre o conteúdo do álbum, destacando que se permitiu explorar temas mais complexos. “As coisas sobre as quais escrevi nesse disco têm mais camadas, mais tensão. Nem sempre isso se traduz em um pop fácil de digerir. A menos que seja algo como I Luv It, talvez. Mas quero sempre me desafiar como compositora.”
Diante da repercussão negativa, Camila optou por reduzir sua exposição nas redes sociais. Para isso, deletou aplicativos do celular e buscou um contato mais direto com os fãs. Foi essa conexão que a motivou a seguir em frente e planejar uma nova turnê, mesmo com a recepção morna do disco.
“Nunca me senti assim antes. Isso não é só uma mudança de carreira, é algo mais profundo, um movimento da alma. Sei que há muitas pessoas empolgadas para a turnê, mas, para mim, essa turnê é algo pessoal”, explicou. A agenda de shows inclui apresentações na Europa, Ásia, Oceania e um show especial no festival The Town, em São Paulo.
A artista reforçou sua vontade de se conectar com o público de forma mais íntima. “Quero que as pessoas se sintam próximas a mim, e eu a elas. Não quero sentir que estamos a quilômetros de distância. Quero que estejamos todos juntos.”