Trump pede liberação de documentos do caso Epstein após reportagem do WSJ

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite de quinta-feira (17) que irá solicitar à Justiça a liberação dos depoimentos sigilosos do júri no caso envolvendo Jeffrey Epstein. A decisão foi comunicada poucas horas após a publicação de uma reportagem do Wall Street Journal que associa o nome de Trump a uma carta enviada em 2003 ao financista condenado por crimes sexuais contra menores, contendo um desenho de uma mulher nua.

“Com base na quantidade ridícula de publicidade dada a Jeffrey Epstein, pedi à procuradora-geral Pam Bondi que produza todo e qualquer testemunho relevante do júri, sujeito à aprovação judicial”, escreveu Trump na plataforma Truth Social. “Essa FARSA, perpetuada pelos democratas, deve acabar agora!”, completou.

Logo após o pronunciamento, Bondi declarou em sua conta na rede X que o Departamento de Justiça estava pronto para solicitar à corte, nesta sexta-feira (18), a liberação das transcrições. “Presidente Trump – estamos prontos para acionar a Justiça amanhã para liberar as transcrições do júri”, afirmou.

A iniciativa surge em meio à pressão de apoiadores de Trump, muitos dos quais têm exigido mais informações sobre o caso Epstein. A frustração dentro da base aumentou após o Departamento de Justiça concluir neste mês que não há evidências que sustentem teorias de conspiração sobre a morte do financista e sua rede de contatos.

Em 2006, Epstein foi acusado publicamente de abusos sexuais contra menores e, posteriormente, firmou um acordo judicial. Ele foi preso novamente em 2019 por acusações de tráfico sexual e morreu na prisão no mesmo ano.

A movimentação do presidente ocorre na esteira de reportagem do WSJ, publicada na quinta-feira, que revelou a suposta carta de Trump para Epstein. O presidente negou a autenticidade do documento, chamou o conteúdo de “falso” e ameaçou processar o jornal e seu proprietário, Rupert Murdoch.

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