Durante anos, Billie Eilish tem usado sua fama como megafone para causas ambientais — e agora, mais do que nunca, suas palavras estão reverberando dentro da própria engrenagem que alimenta o estrelato global. Em uma entrevista reveladora com Anderson Cooper, no programa The Whole Story, a artista compartilha bastidores da transformação verde que vem pressionando nos bastidores da indústria fonográfica.
Ao lado da mãe e parceira ativista, Maggie Baird, Eilish relembra o impacto de entrar em um universo completamente desconectado de qualquer senso de sustentabilidade: “Foi como cair em um mundo paralelo”, diz a cantora, hoje com nove Grammys no currículo. “Eu fui criada com consciência ecológica, e de repente estava cercada por excesso, plástico, desperdício… sem ninguém ali sequer percebendo.”
A conversa marca um momento simbólico: pela primeira vez, Eilish vê as engrenagens começando a se mover. “Eles começaram a se mexer porque a gente gritou”, afirma. Segundo ela, a pressão constante por mudanças fez com que gravadoras e empresas do setor passassem a considerar práticas mais sustentáveis — uma mudança que parecia impensável há apenas alguns anos.
Além de sua atuação direta com marcas de moda como Nike e Oscar de la Renta para criar peças veganas, Billie lançou em 2022 o evento Overheated, uma cúpula dedicada ao debate climático. Também tem sido figura central na Support + Feed, organização fundada por sua mãe, focada em combater a insegurança alimentar por meio de uma alimentação baseada em plantas.
Ainda assim, Eilish não poupa críticas ao que ainda persiste: “É desolador ver artistas gigantes lançando dezenas de versões de vinil só para impulsionar vendas — mesmo sabendo o impacto ambiental disso”, afirma. “Tem gente ganhando com o excesso, enquanto nós estamos tentando apenas reduzir o estrago.”
Na mesma entrevista, Baird reconheceu avanços pontuais — como os do Universal Music Group, que vem reformulando seus processos desde que Eilish entrou para o elenco — mas reforçou que a jornada está longe do fim.
Billie Eilish fala como trabalha com Finneas em estúdio
Recentemente, Billie Eilish falou sobre sua relação criativa com seu irmão, Finneas, e como eles trabalham no estúdio.
Na última quarta-feira (9), Billie Eilish falou em Londres durante uma sessão de perguntas e respostas com a apresentadora Edith Bowman. Segundo a Billboard, cem fãs foram convidados para o local na Old Street, para assistir à conversa e comprar produtos exclusivos.
Vale destacar que a etapa do Reino Unido e Irlanda da turnê Hit Me Hard and Soft começou na segunda-feira (7) em Glasgow, na Escócia, e inclui seis noites na O2 Arena de Londres, quatro no Co-op Live de Manchester e termina com dois shows na 3Arena de Dublin em 26 de julho.
De acordo com a publicação, o processo criativo dela foi o foco da conversa, particularmente sua parceria de composição com seu irmão mais velho, Finneas O’Connell. A dupla trabalha em conjunto em todo o material gravado por Billie Eilish, desde a faixa de sucesso “Ocean Eyes” (2015) até o hit de 2024, “Birds of a Feather”.
“Trabalhar com meu irmão por todos esses anos me forçou a ser uma boa colaboradora, o que eu aprecio”, disse ela. “Mas com um irmão, vocês podem ser tão honestos e brutais um com o outro. Com Finneas, nunca preciso me preocupar se não seremos amigos novamente, se teremos uma briga ou se feriremos seus sentimentos de uma forma que não possamos consertar.”
“Finneas e eu dissemos as coisas mais cruéis que alguém já disse ou dirá porque somos irmãos, e é assim que funciona. Nós nos amamos mais do que qualquer um foi capaz de amar outra pessoa. Acho que é por isso que é tão especial e por isso que não sinto necessidade de trabalhar com mais ninguém para ser sincera.”, continuou.
“Ter um prompt ou uma tarefa é onde Finneas e eu realmente prosperamos. É como um joguinho. Tipo, eu consigo escrever do ponto de vista de uma boneca Barbie e eu adoro isso.”, afirmou.
“Acho que escrever é muito, muito desafiador. Para ser sincera, não gosto de compor música. Isso me deixa muito frustrada e me faz pensar que sou burra quando estou fazendo isso. Porque fico pensando no que quero dizer e sinto que não consigo dizer, nem encontrar os acordes certos, nem nada. E mesmo agora, depois de compor tantas músicas com meu irmão, ainda acho muito desafiador.”, disse.