A atriz Duda Reis surpreendeu seus seguidores ao compartilhar nas redes sociais os detalhes de sua recente transformação física. Após o nascimento de sua filha Aurora, fruto de seu relacionamento com Du Nunes, Duda Reisoptou por realizar uma série de procedimentos estéticos, incluindo mastopexia com prótese de silicone, lipoaspiração nos flancos e a retirada de gordura das costas.
A decisão de Duda Reisreflete uma tendência crescente entre mulheres no período pós-parto, que buscam recuperar a autoestima e a forma física após as mudanças significativas que o corpo enfrenta durante a gestação. No entanto, especialistas alertam para a importância de um acompanhamento médico especializado e de respeitar o tempo de recuperação do organismo antes de se submeter a qualquer procedimento cirúrgico.
De acordo com o cirurgião plástico Tristão Maurício, o ideal é aguardar um intervalo de seis meses após o parto para garantir a segurança dos procedimentos.
“Durante a gestação, o corpo da mulher passa por mudanças profundas hormonais, metabólicas e estruturais. É preciso respeitar o tempo natural de recuperação para que o organismo volte ao equilíbrio antes de qualquer cirurgia. Isso reduz riscos, melhora os resultados e protege a saúde da paciente” – explicou o médico.
O especialista ressaltou que, muitas vezes, o objetivo da cirurgia plástica pós-gestacional não é transformar o corpo da mulher, mas sim ajudá-la a se reconectar com sua imagem.
“Sempre respeitando as escolhas e expectativas da paciente. Quando realizada no tempo certo, com planejamento e técnica, essa decisão pode ser extremamente positiva” – declarou Dr. Tristão Maurício.
Procedimentos Realizados por Duda Reis
Tristão Maurício explicou que a mastopexia com prótese é indicada para reposicionar as mamas, que frequentemente sofrem com a flacidez e a perda de volume após a amamentação. No caso de Duda Reis, foram utilizadas próteses de 220 ml em cada seio, devolvendo sustentação e harmonia ao contorno mamário.
Já a lipoaspiração nos flancos e a retirada de gordura das costas têm como objetivo eliminar depósitos localizados de gordura que se tornam mais evidentes no pós-parto, mesmo em pacientes com boa forma física.
O cirurgião plástico André Maranhão, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica-RJ, avaliou o procedimento de cirurgias associadas.
“Traz vantagens como a redução do tempo total de recuperação e uso de uma única anestesia, porém torna-se mais prolongada. Como qualquer procedimento invasivo, sempre pode existir algum risco, ainda mais com múltiplas cirurgias. O mais indicado é orientar a busca por um médico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, para que os procedimentos sejam realizados com total segurança e expertise, e que numa eventual intercorrência medidas rápidas e efetivas possam ser tomadas” – destacou.
Cuidados no Pós-Operatório
O pós-operatório e tempo de recuperação para cirurgias associadas costuma ser de 30 a 45 dias: Essa estimativa é para retomada gradual das atividades cotidianas. Para liberação total de exercícios físicos e esforços maiores, em torno de 60 a 90 dias, dependendo da resposta individual da paciente.
O pós-operatório exige atenção redobrada por se tratar de procedimentos com áreas anatômicas distintas, que demandam cuidados específicos e simultâneos, orientou o profissional André Maranhão.
Entre os principais cuidados exigidos na recuperação, destacam-se:
- Uso contínuo de cintas compressivas (geralmente por 30 a 60 dias) e sutiã cirúrgico;
- Repouso e evitar esforços com os braços nas primeiras semanas;
- Drenagem linfática manual recomendada a partir do 3° ao 5° dia (para reduzir edemas, prevenir seromas e fibroses);
- Manter a postura levemente flexionada nos primeiros dias;
- Seguir rigorosamente as orientações quanto à higiene das cicatrizes;
- Uso de medicações prescritas e comparecimento às consultas de revisão.
Por fim, André Maranhão frisou a importância de respeitar o tempo mínimo de seis meses pós-parto para realizar os procedimentos estéticos:
“Esse período permite a regressão do tecido glandular da lactação, estabilização do volume mamário e recuperação hormonal, além de reduzir o risco de complicações como alterações na cicatrização, sangramentos ou assimetrias posteriores. A avaliação pré-operatória é fundamental para definir o momento seguro e a técnica mais adequada, considerando fatores como a elasticidade da pele, grau de ptose, composição mamária e expectativas da paciente” – concluiu.