O som dos quadrinhos: como a música amplifica a experiência dos fãs de HQs

Se você é fã de histórias em quadrinhos (HQs), provavelmente já se pegou pensando em qual seria a trilha sonora perfeita para acompanhar aquela batalha épica ou um momento de suspense de tirar o fôlego. E não é de hoje que música e quadrinhos se entrelaçam. A boa notícia é que, com a onipresença do Google, essa conexão está mais forte do que nunca, mostrando tendências bem claras para 2024-2025.

Os fãs estão buscando algo além da simples leitura: eles querem uma imersão completa. E isso significa caçar desde canções que se encaixam no “clima” de uma HQ até aquelas que são praticamente a identidade sonora de um personagem ou saga. Prepare seus fones e venha com o Canaltech saber o que a galera anda escutando em meio aos gibis por aí.

As trilhas sonoras que ecoam pelos painéis

Quando o assunto é a relação entre HQs e música, a busca se divide em alguns pilares:


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A febre das trilhas de heróis no cinema e TV

É quase um reflexo condicionado. Com a explosão de filmes e séries baseados em quadrinhos, a procura pelas trilhas sonoras oficiais vai às alturas. Pense nas músicas-tema icônicas do Superman, do Batman ou das megafranquias Marvel e DC. Elas viraram hinos! E se você fizer uma rápida busca pelas palavras-chave “Superman” ou “Krypto”, o próprio Google te entrega um “easter egg” sonoro com a clássica melodia do Homem de Aço.

Um de sucesso absoluto é a faixa Toss A Coin To Your Witcher, que era para ser apenas uma mera canção de um bardo em prol da narrativa de um capítulo da série The Witcher, da Netflix, que se inspirou nos games e nos quadrinhos da desenvolvedora e editora CD Projekt RED.

O tema é tão épico e grudento que já foi reproduzido mais de 37 milhões de vezes — e o detalhe é que isso tudo foi ouvido em um canal alternativo, pois a plataforma de streaming se deu ao trabalho de criar um clipe oficial, dado ao fato que ninguém imaginou que o público já estava sedento por essa combinação de música com outras linguagens da cultura, em especial os quadrinhos.

Existe também um universo paralelo onde artistas transformam personagens e narrativas de HQs em canções. E a galera está de olho! Vai desde clássicos como Superman (It’s Not Easy) do Five for Fighting e a psicodélica Batdance do Prince, até álbuns de metal que são verdadeiras odes aos quadrinhos, como Phenomena, do Within the Ruins. Até o tio Snoop Dogg já mandou umas rimas com referências a Batman e Robin, pra você ter uma ideia do alcance dessa conexão!

A “playlist de leitura” para a sua HQ

Essa é uma das tendências mais legais: os fãs estão montando suas próprias trilhas sonoras de fundo para mergulhar na leitura. É como se a HQ ganhasse vida sonora, e as comunidades online, tipo o Reddit, estão fervilhando com recomendações. A variedade é gigante:

  • Trilhas sonoras de RPG: Pense nos épicos álbuns de jogos como Neverwinter Nights, Morrowind, Oblivion e Skyrim. São perfeitos para criar aquele clima de fantasia e aventura;
  • Instrumentais sem distrações: Para quem prefere focar na história, jazz instrumental e música clássica são campeões. O silêncio (musical) é de ouro, mas com um toque de classe;
  • Música ambiente e cinematográfica: Aquelas músicas que você ouve nos trailers de filmes, de empresas como Audiomachine e Really Slow Motion, são procuradas para transformar a leitura numa experiência épica;
  • Playlists “de autor”: Alguns escritores e artistas de HQs, tipo o Scott Snyder, manjam do poder da música e criam suas próprias playlists no Spotify ou Soundcloud para acompanhar suas obras. E, claro, os fãs caçam essas dicas pra aprimorar a leitura. É quase uma curadoria oficial. 

Crossovers: quando a arte encontra o som 

A relação entre quadrinhos e música vai muito além de uma simples playlist:

HQs que cantam e contam histórias musicais

O interesse por HQs com a música no centro da trama só cresce. Seja contando a biografia de ícones como John Coltrane ou Billie Holiday, ou explorando a cultura de bandas e gêneros musicais, essas obras mostram como as duas artes podem se complementar de forma genial. o autor Mike Allred costuma misturar bastante as duas linguagens, com álbuns excelentes como Bowie, que narra, claro, a narrativa do falecido gênio; e Red Rocket 7, uma trama narra a trajetória do rock e tem até o formato de um LP.

A  força da comunidade online

Fóruns e grupos de discussão, como os subreddits de quadrinhos, são verdadeiros termômetros para entender o que a galera está ouvindo. As buscas no Google muitas vezes são um reflexo direto do que está sendo discutido e recomendado nessas plataformas. É o “boca a boca” digital ditando a trilha!

The Rentals, banda liderada por Matt Sharp, ex-baixista do Weezer, que desde seu nascimento tem conexões com a cultura alternativa e os outsiders leitores de gibis e jogadores de role-playing games (RPGs), é outro grupo que também tem ligações com a comunidade fã de sci-fi, heróis da Marvel Comics e DC Comics  e afins.

Fandoms que curtem um som

O conceito de “fandom” é poderoso tanto no universo dos quadrinhos quanto no da música. Os fãs são super engajados, influentes e estão sempre em busca de novas bandas e artistas que conversem com seus universos preferidos.

Em resumo, a música não é mais só um complemento, mas um ingrediente fundamental para os fãs de quadrinhos. Eles não só buscam canções criadas a partir de seus universos favoritos, como também caçam ativamente aquelas que amplificam e enriquecem a experiência da leitura, transformando os quadrinhos em uma aventura para os olhos e os ouvidos.

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