10 jogos que definiram o Super Nintendo

O Super Nintendo, também conhecido como SNES, foi um verdadeiro arrasa-quarteirão nos anos 1990. Mesmo disputando espaço com o Mega Drive, da SEGA, o console brilhou bastante e trouxe muita diversão para milhões de jogadores ao redor do planeta.

Por todo o seu tempo de vida, vários jogos ajudaram a definir a geração 16-bit através dele — seja para estabelecer suas principais franquias ou para introduzir tecnologias que se tornariam referência por toda a indústria gaming dali em diante. Títulos vistos como icônicos por suas inovações e por terem deixado uma “marca” em cada um que os experimentaram.

Para celebrá-los, nós do Canaltech apresentamos 10 jogos que definiram o Super Nintendo e, consequentemente, criaram um padrão que todos os demais iam seguir nas gerações seguintes. Se há games que fizeram história, alguns poucos foram responsáveis por verdadeiras mudanças em todo o mercado em que estavam inseridos. Confira abaixo:


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10. Donkey Kong Country

Imagem de Donkey Kong Country
O Super Nintendo não conseguia rodar gráficos 3D, mas isso não impediu Donkey Kong (Imagem: Reprodução/Rare)

Quando a Rare trouxe Donkey Kong Country (1994) pela primeira vez, muitos ficaram maravilhados pelos seus gráficos 3D. Porém, como eles conseguiram fazer isso sem o auxílio do chip Super FX ou algo do tipo? 

Na verdade, a aventura de DK convertia modelos 3D criados em PCs mais poderosos em sprites 2D — o que elevou o patamar dos detalhes visuais e conseguiu se aproximar bastante do realismo. Além de ser uma aventura marcante, seu pioneirismo nesta tecnologia representou um salto de qualidade que muitos jogadores se apaixonaram naquela época.

9. Super Metroid

Imagem de Super Metroid
Super Metroid estabeleceu os parâmetros do metroidvania como conhecemos hoje (Imagem: Divulgação/Nintendo)

Ainda que o gênero metroidvania já existisse, foi Super Metroid (1994) que trouxe os principais pilares do gênero ao Super Nintendo. Ele introduziu todo o ambiente interconectado, que podia ser explorado de forma mais ampla conforme Samus Aran adquiria novas habilidades. 

Outro detalhe importante é notar uma forma de contar a história através do próprio ambiente, da trilha sonora e ruídos que a heroína encontra em sua jornada. Mesmo que vários jogos sigam um padrão similar, toda a imersão da trama conseguir ser contada deste modo surpreendeu e impactou bastante os fãs.

8. Super Mario RPG: Legend of Seven Stars

Imagem de Super Mario RPG
Os “Timed Hits” surgiram em Super Mario RPG (Imagem: Reprodução/Nintendo)

Lançado poucos meses antes do Nintendo 64, Super Mario RPG: Legend of Seven Stars (1996) era um ambicioso projeto que combinava as forças da Big N e da SquareSoft naquela época. A ideia era usar sua expertise em RPG para misturar o gênero de uma forma adequada ao personagem que vivia em jogos side-scrolling e plataforma. 

Além disso, se você é feliz com jogos como Clair Obscur: Expedition 33 trazendo um dinamismo maior com os “Timed Hits” para ataque e defesa, tem de agradecer a Super Mario RPG por isso. Ele já fazia isso desde os anos 1990, tornando os embates contra inimigos mais divertidos e cheios de ação. 

7. Chrono Trigger

Imagem de Chrono Trigger
Chrono Trigger foi um grande marco para os RPGs no geral (Imagem: Divulgação/Square Enix)

Poderíamos falar da genialidade de Chrono Trigger (1995) e tudo o que ele significa para milhões de jogadores. Ou da equipe dos sonhos, que foi uma verdadeira utopia de profissionais de desenvolvimento voltados ao mesmo projeto. Tirando dele o aspecto que ele é considerado por muitos o “melhor jogo de todos os tempos”, ainda sobra muito de inovação para o título.

Ele utilizava o chip de áudio SPC700 da Sony para trazer uma trilha sonora e áudio com maior qualidade — algo que certamente não era possível de ser replicado no Mega Drive. Já em termos do gameplay, foi um dos primeiros RPGs que eliminou as batalhas aleatórias e trazia os inimigos visíveis no mapa, com os combates ocorrendo na própria tela de exploração.

6. ActRaiser

Imagem de ActRaiser
ActRaiser misturava gêneros e tudo no mesmo cartucho (Imagem: Reprodução/Enix)

ActRaiser (1990) também utilizava o chip de som SPC700 da Sony, mas o grande destaque dele se dá por outras razões. Além de ser um título excelente, ele misturava perfeitamente dois gêneros distintos em uma mesma experiência — algo que muitos estúdios sequer se arriscariam a fazer.

Se por um lado você tinha um jogo de ação side-scrolling para enfrentar monstros e outras ameaças, do outro você poderia aproveitar o modo de construção de cidades. Ali a sua luta era para auxiliar o povo a crescer e se desenvolver, algo que pegou muitos de surpresa no Super Nintendo e o tornou em um clássico instantâneo.

5. Super Mario Kart

Imagem de Super Mario Kart
Super Mario Kart revolucionou os jogos de corrida com kart (Imagem: Divulgação/Nintendo)

Super Mario Kart (1992) significou muito para a história do Super Nintendo, não apenas por inaugurar o gênero de “kart caótico” na indústria gaming. Ele também utilizava perfeitamente o Mode 7, uma tecnologia da plataforma que ampliava e girava o plano de fundo — algo surpreendente naquela época.

E, claro, foi o primeiro spin-off de Mario que levou toda a turma a disputar suas diferenças nas corridas. Com a mistura de habilidade e sorte, os jogadores tinham de pegar os itens certos (e saber usá-los) para obter vantagem na corrida e deixar seus amigos para trás. Este modelo se tornou uma base para vários outros, que seguem replicando o estilo até hoje.

4. Street Fighter II: The World Warrior

Imagem de Street Fighter II
Foi no Super Nintendo que Street Fighter II se popularizou em definitivo (Imagem: Divulgação/Capcom)

Há muito tempo, em uma realidade distante, jogos beat ‘em up e de luta só tinham um lar: os fliperamas. Ainda que um ou outro tenha alcançado os consoles de mesa, nenhum tinha feito sucesso neste formato. Até vermos o lançamento de Street Fighter II: The World Warrior (1992) no Super Nintendo.

A estreia de Ryu, Ken, Sagat, Chun-Li, Guile, Blanka e vários outros icônicos personagens foi um verdadeiro fenômeno no console da Big N, servindo como um showcase de que o gênero poderia funcionar nos videogames domésticos também. Com a complexidade de comandos traduzida muito bem ao controle, muitos passaram a aproveitar o jogo desta forma ao invés de comprarem mais fichas.

3. Star Fox 

Imagem de Star Fox
Fox McCloud e Star Fox foram os melhores a usar o chip Super FX (Imagem: Divulgação/Nintendo)

Fox McCloud e seus amigos foram os carros-chefe da tecnologia Super FX do Super Nintendo, com Star Fox (1993) conseguindo trazer gráficos 3D através do co-processador que existia dentro do seu cartucho. Foi através dele que o público acreditou que visuais realistas estavam cada vez mais próximos. 

Os combates espaciais eram totalmente tridimensionais, o que deixou muitos jogadores alucinados na época e gerou uma grande comoção entre os fãs — já que isso o Mega Drive não conseguiria replicar também, ao menos não na geração em que eles disputaram o mercado. 

2. The Legend of Zelda: A Link to the Past

Imagem de The Legend of Zelda: A Link to the Past
Link transitava entre dois mundos, um de luz e o outro de sombras (Imagem: Divulgação/Nintendo)

Quando Shigeru Miyamoto trouxe The Legend of Zelda: A Link to the Past (1991) ao mundo, nem ele ou sua equipe imaginaram o quanto ele mudaria os parâmetros dos jogos do gênero. Ele foi o primeiro a introduzir o conceito de mundos interconectados (Light World e Dark World), que podiam influenciar a aventura em ambos os lados e acrescentar mais ao gameplay.

Esta complexidade de existir duas realidades diferentes dentro do mesmo jogo, com os eventos de uma impactando na outra, era revolucionário nesta época. Se ela não existisse, não veríamos títulos como The Legend of Zelda: Ocarina of Time (cuja conexão utilizava a ideia de ser temporal) se tornando um dos mais aclamados de todos os tempos. 

1. Super Mario World

Imagem de Super Mario World
Super Mario World mostrou todo o potencial da Big N e do Super Nintendo (Imagem: Divulgação/Nintendo)

Além de elevar todos os padrões da linha Super Mario Bros. do Nintendinho, Super Mario World (1990) criou diversas mecânicas no Super Nintendo que tornaram o bigodudo encanador em uma verdadeira febre entre os gamers. Os múltiplos caminhos a percorrer dentro do side-scrolling, os embates lendários e tudo o que representou naquela época o consagram.

Além de integrar a própria história dos games, ele também introduziu a presença de um companheiro com um gameplay diferente do próprio Mario. Yoshi não era como Luigi, que fazia os mesmos movimentos, mas ele engolia inimigos, cuspia cascos e poderia ser usado para dar um salto extra — algo que tornou a montaria em outro fenômeno.

A geração Super Nintendo

Ainda que estes 10 jogos tenham definido o Super Nintendo, diversos outros fizeram sucesso pelas mais diversas razões — além de trazerem inovações muito bem-vindas ao público. Kirby Super Star (com a estrutura de múltiplos jogos em um cartucho só), Super Mario World 2: Yoshi’s Island (com seu design único), Final Fantasy VI (mais de 10 personagens jogáveis) e outros marcaram toda uma geração.

Porém, entre os dez principais da nossa lista, temos:

  1. Super Mario World
  2. The Legend of Zelda: A Link to the Past
  3. Star Fox
  4. Street Fighter II: The World Warrior
  5. Super Mario Kart
  6. ActRaiser
  7. Chrono Trigger
  8. Super Mario RPG: Legend of Seven Stars
  9. Super Metroid
  10. Donkey Kong Country

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