Depois de renovar seu topo histórico na semana passada, o Ibovespa negocia sob pressão vendedora, devolvendo parte dos ganhos acumulados recentemente. O índice chegou a atingir os 141.563 pontos, marcando um novo recorde, mas negocia na semana em queda, influenciado por realização de lucros. No mês, o índice acumula perda de 0,99%, mas ainda sustenta alta de 14,30% em 2025.
Do ponto de vista técnico, a correção ocorre dentro de uma estrutura de alta no médio prazo, mas o comportamento de curto prazo acendeu alertas. O Ibovespa perdeu o suporte das médias móveis de curto prazo e voltou a flertar com regiões de suporte importantes, o que pode indicar início de um movimento mais amplo de correção, caso esses níveis sejam rompidos nos próximos dias.
Para entender até onde o preço do Ibovespa (IBOV) pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.
Análise técnica Ibovespa
No gráfico diário, o Ibovespa ainda preserva a tendência de alta iniciada após atingir a mínima do ano nos 118.222 pontos. No entanto, o curtíssimo prazo inspira cautela: o índice acumula três pregões consecutivos de baixa, perdeu o suporte das médias móveis de 9 e 21 períodos e voltou a negociar abaixo delas, sugerindo possível enfraquecimento da força compradora.
O Índice de Força Relativa (IFR) está em 47,64, o que o posiciona em uma zona de neutralidade, sem sinalizar sobrecompra ou sobrevenda. Diante desse cenário, as regiões de suporte tornam-se pontos-chave de observação, principalmente após o aumento da pressão vendedora observado nesta semana.
Caso o movimento de baixa ganhe tração, será preciso atenção à perda da faixa entre 137.300 e 135.755 pontos. O rompimento desse patamar pode abrir espaço para quedas mais expressivas, com alvos em 134.120, 133.260, 129.985 e 127.680 pontos.
Por outro lado, para que o Ibovespa retome o movimento ascendente, será fundamental superar a região das médias, entre 138.185 e 139.200 pontos. Acima disso, o próximo desafio será romper novamente a máxima histórica em 141.563 pontos, o que liberaria o caminho para os alvos projetados em 141.960, 143.425 e 145.000 pontos.
Análise de médio prazo
No gráfico semanal, o Ibovespa ainda sustenta a tendência de alta no médio prazo, mesmo após o recuo dos últimos dias. A quebra do recorde histórico nos 141.563 pontos reforça a força da tendência, mas a perda do ritmo comprador desta semana exige atenção redobrada.
Para que o movimento de baixa se confirme e ganhe consistência, será necessário romper a faixa entre 137.300 e 134.118 pontos. Caso isso ocorra, os próximos suportes estarão nas regiões de 127.230, 122.530, 118.485 e 118.222 pontos — esta última sendo a mínima de 2025 até o momento.
Por outro lado, para retomar a trajetória de alta no médio prazo, será preciso renovar a máxima histórica em 141.563 pontos. Acima disso, os alvos técnicos projetados estão em 142.795, 144.845, com um objetivo mais longo em 147.380 a 150.000 pontos.
Apesar da correção recente, a tendência principal segue de alta, com o índice trabalhando dentro de um canal ascendente, acima das médias e mantendo a formação de topos e fundos ascendentes. A perda de força desta semana, no entanto, pode ser o primeiro sinal de uma possível inflexão — e por isso, merece o devido monitoramento.
Suportes e resistências do Ibovespa
Suportes:
- 137.300 – 135.755 pontos – Faixa de suporte mais imediata no curto prazo. Perda dessa região pode intensificar a pressão vendedora.
- 134.120 – 133.260 pontos – Região de suporte intermediária; se rompida, abre espaço para correção mais forte.
- 129.985 pontos – Alvo técnico mais longo no curto prazo.
- 127.680 pontos – Suporte relevante antes de atingir mínimas mais antigas.
- 127.230 – 122.530 pontos – Região crítica no gráfico semanal; rompimento pode sinalizar reversão no médio prazo.
- 118.485 – 118.222 pontos – Faixa de suporte mais ampla e importante; mínima de 2025 até o momento e base da atual tendência de alta.
Resistências:
- 138.185 – 139.200 pontos – Faixa das médias móveis no gráfico diário; primeira barreira para retomada do movimento de alta.
- 141.563 pontos – Máxima histórica do Ibovespa; rompimento é fundamental para retomada da tendência de alta.
- 141.960 – 143.425 pontos – Região de alvos projetados em caso de rompimento da máxima histórica.
- 145.000 pontos – Alvo psicológico e técnico de curto/médio prazo.
- 147.380 – 150.000 pontos – Faixa de projeção mais longa no gráfico semanal; possível objetivo em caso de retomada consistente da tendência de alta.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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