Após protestos, SAF do Coritiba reconhece falhas e garante foco no protagonismo

O gestor da SAF do Coritiba, Treecorp, fez uma explicação após torcedores protestarem na Avenida Faria Lima, em São Paulo, no dia 25. O comentário é visto como uma admissão da insatisfação dos fãs e a necessidade de mudanças no futebol do Coxa, com uma promessa de revitalização para melhorar os resultados esportivos do time.

A Treecorp expressou insatisfação em um comunicado oficial com o desempenho das equipes de 2023 e afirmou que fornecerá mais detalhes sobre o processo de reestruturação já em andamento em breve. O Coritiba foi eliminado nas quartas de final do Campeonato Paranaense e na primeira fase da Copa do Brasil, o que apenas aumentou a pressão sobre a gestão.

Desde 2023, a gestão investiu cerca de R$ 120 milhões no clube e se comprometeu a pagar mais de R$ 100 milhões em dívidas até o final de 2025, segundo o comunicado. O Coritiba, agora em um processo de Recuperação Judicial desde o final de 2022, vem fazendo esforços para se recuperar. A Treecorp, que adquiriu 90% do clube, afirmou que investirá R$ 1,1 bilhão até 2033, com o objetivo de modernizar a infraestrutura — que inclui um novo centro de treinamento em Campina Grande do Sul e uma reforma no Couto Pereira.

Mas os torcedores ficaram frustrados com os resultados recentes do time, que não conseguiu avançar nas competições estaduais e nacionais. O clube liberou 26 jogadores e contratou 13 novos para 2025, incluindo o lateral-direito Rafinha, que rescindiu o contrato por polêmicas. Surpreendentemente, no entanto, a reforma não deu certo em campo. O Coritiba foi eliminado no início da Copa do Brasil pelo Ceilândia-DF da Série D e não conseguiu se classificar para a semifinal do Paranaense após um empate com o Maringá, da Série C.

Desde que a Treecorp assumiu o Coritiba, sua trajetória não tem sido boa, com muitas campanhas que terminaram em fracasso. Em 2024, o time foi eliminado na primeira fase da Copa do Brasil, perdeu para o Maringá na semifinal do Campeonato Estadual e terminou em uma modesta 12ª posição na Série B. Em 2023, também não passou das quartas de final do Paranaense e teve provavelmente o pior desempenho na história da Série A, terminando rebaixado com a pior campanha da história do clube.

Sob a gestão dos diretores-sócios Filipe Lomonaco e Bruno D’Ancona, Danilo Soares e o empresário Roberto Justus, a Treecorp tem conhecimento da crítica e prometeu que passará por mudanças significativas. A gestão reitera que o Coritiba voltará à posição que sua história e torcedores merecem, mas o tempo é o fator decisivo para saber se estas promessas se concretizarão.

O foco então muda para a Treecorp agora sobre como eles reagirão em 2024, com o início da temporada de 2025 e como o clube lidará novamente com a cena nacional, dando-lhes muitos problemas mais uma vez. A reestruturação pode mudar a realidade esportiva do Coritiba? Ou as promessas de bastidores serão muito curtas para mudar o rumo da crise? Incerto — o futuro do clube está em dúvida.