O Xbox Magnus pode quebrar o ciclo de gerações com o design de seu processador, já que a estrutura supostamente permitirá upgrades. Isso colocaria o dispositivo além do que vemos nos consoles atuais, deixando de disputar espaço contra o futuro PS6 e buscando competição com os PCs gamer.
De acordo com o Digital Foundry, a APU do videogame possui blocos separados de CPU (processamento) e GPU (gráficos), que serão conectados através de uma alta largura de banda com 384-bit. Desta forma, os jogadores poderão trocar esses blocos, como se fossem “peças de LEGO”, sem comprometer a placa-mãe.
Com essa arquitetura, o Xbox Magnus não estará mais limitado ao conceito de gerações — e poderá ter alterações através de “fases”. Assim, a Microsoft se beneficiará ao manter o desempenho competitivo e poderá introduzir novos sistemas com um custo reduzido ao usuário, o que tem um potencial atrativo.
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Segundo os vazamentos mais recentes, a AMD e a Microsoft miram na primeira versão com uma CPU Zen6 e uma GPU com arquitetura RDNA 5. A partir disso, o público pode esperar um console com 64 CUs, 18 GB de memória GDDR7 e barramento de 192-bit. Isso proporcionaria ao console uma performance entre as placas GeForce RTX 4090 e GeForce RTX 5080.
Xbox Magnus traz vantagens à AMD
A parceria entre AMD e Microsoft pode ser de muito valor para a fabricante de chips, já que o Xbox Magnus pode representar uma nova forma de fazer negócios. Com um design de custo menor, eles têm potencial de faturar ainda mais com essa estratégia como alternativa aos PCs pré-montados.
Levando em consideração o alto preço desses PCs e sua venda direta para consoles, a AMD terá bastante benefícios ao atingir um público que buscará opções custo-benefício com o novo console. Será uma operação menos imprevisível e flexível, o que garantirá uma presença maior no mercado.
Planos da Microsoft
Em termos mais simples, o Xbox Magnus tem o potencial de se tornar um verdadeiro colosso na indústria gaming. Imagine que ele chegará antes do PS6, com a possibilidade de já ter pacotes de upgrade quando o novo videogame da Sony estiver disponível — com um desempenho maior ou equivalente, mantendo sua competitividade.
O mesmo pode ocorrer contra um futuro PS6 Pro. Neste caso, a Microsoft não teria de fazer o jogador comprar um segundo console, mas sim ter acesso aos componentes para acompanhar a concorrência (de forma mais barata, por ser apenas um upgrade). De modo similar ao dos donos de um computador, mas voltado à arquitetura de um console.
Isso não significa que o jogador comprará um Xbox Magnus e terá o videogame para sempre. Possivelmente ele vai segurar a barra por duas ou talvez até três gerações — o que já representaria uma economia absurda para os jogadores conforme o tempo passa.
O objetivo da Microsoft parece ser bater de frente diretamente com o mercado de PCs. Tanto o console de mesa quanto a sua parceria com a ASUS, que fornecerá o ROG Xbox Ally agora em 2025, tem como objetivo dominar o mercado de formas distintas das que foram tentadas no passado.
Até o momento, a companhia buscou apenas disputar o mercado de consoles de mesa. Porém, após perder público por duas gerações seguidas e abrir espaço até para os seus jogos exclusivos serem lançados na concorrência, eles reformularam sua estratégia para se adaptar melhor a outros tipos de consumidores e com foco no serviço oferecido no Xbox Game Pass.
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