O Kwai anunciou nesta segunda-feira (4) o projeto Ekoa, um hub de conhecimento para apoiar a formação e a profissionalização de criadores de conteúdo no Brasil. A iniciativa vai contar com treinamentos presenciais e online para fomentar a creator economy do país.
Na fase inicial, o Ekoa tem uma parceria com a universidade temática Community Creators Academy, a Ânima Educação e a Agência Califórnia para fazer workshops presenciais na cidade de São Paulo. A empresa também destaca planos de expandir os cursos para todo o Brasil, além de oferecer material online.
O Canaltech conversou com a diretora geral do Kwai Brasil, Claudine Bayma, para entender os objetivos do projeto, o impacto na economia de criadores e as temáticas que devem ser seguidas na capacitação. Confira:
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Como o projeto vai funcionar?
O Ekoa vai funcionar como um hub de workshops presenciais, cursos online e outras formas de capacitação de criadores. A longo prazo, o objetivo do Kwai é levar as oficinas para todo o Brasil e trazer o conhecimento necessário para dar os primeiros passos e conseguir monetizar nas redes sociais.
Bayma explica que há uma lacuna entre usuários de redes sociais e pessoas que conseguem obter alguma renda com a criação de conteúdo. O objetivo do projeto, então, é diminuir essa distância.
“O Kwai quer ir além de ser apenas uma plataforma de vídeo. O que a gente mesmo é ser um hub de desenvolvimento de talentos, não ficar só na exibição de vídeo ou produção de conteúdo. É claro que isso tudo é importante, maspara a gente, é muito importante também fomentar a cadeia produtiva, profissionalizar os criadores de conteúdo, poder contribuir de forma positiva para creator economy nacional”, comenta Claudine Bayma.
O projeto é dividido entre três frentes principais:
- Capacitação técnica e estratégica dos criadores de conteúdo;
- Participação em eventos do setor e iniciativas públicas;
- Fortalecimento da comunidade por curadoria e amplificação de talentos no app.
Muitas oficinas serão realizadas numa unidade física da empresa em São Paulo, chamada Kwai Academy, enquanto outros conteúdos serão liberados online e com certificado. A médio prazo, a empresa quer levar as aulas presenciais para todo o país, segundo Bayma.
IA será abordada
As capacitações variam entre diferentes temas sobre estratégia e produção de conteúdo, incluindo dicas de edição e materiais para entender melhor o algoritmo ou o fluxo de postagens na plataforma.
“O Ekoa não foi pensado só para grandes criadores, o Kwai pensou muito no micro criador que às vezes não tem conhecimento, recurso ou treinamento”, afirma a diretora geral do Kwai Brasil.
“Ensinar o que tem que fazer para o conteúdo ganhar escala, como criar comunidades, trabalhar collabs. Mostrar que ele também pode monetizar de uma forma mais consistente e abrir caminho com grandes marcas que às vezes de forma direta ele não tem”.
Um dos temas deve ser a inteligência artificial: Bayma confirmou a intenção de trazer conteúdos sobre o Kling, ferramenta de IA para gerar vídeos feita pelos criadores do app.
A diretora, inclusive, ressaltou o case de sucesso de Marisa Maiô nas redes sociais — a personagem foi criada por IA, viralizou e até rendeu oportunidades comerciais.
“A IA pode agregar a produção de conteúdo desse criador. Você precisa de um bom prompt, um bom roteiro. No caso da Marisa Maiô, a pessoa tem que saber como dar o comando para trazer um produto de sucesso, entender como que a IA está ali para servir a essa criatividade. A gente pretende mostrar como o Kling funciona e como ele pode ajudar nessa produção de conteúdo”, destaca.
Projeto quer alcançar todo o Brasil e ir além do Kwai
Uma das motivações do projeto, segundo a diretora do Kwai no país, é formar criadores profissionais que consigam atender a demandas comerciais em todo o Brasil, incluindo perfis menores e de grande impacto em regiões específicas.
“Existem casos de trabalhar um projeto com uma marca e ela ser muito específica para pedir alguém de uma região porque o produto tem apelo para aquele lugar. Então também é importante formar criadores regionais porque tem demanda. Muitas vezes a gente não consegue suprir porque não tem criadores com qualidade de produção, treinamento e capacidade de pós-produção que atenda a uma grande marca”, comenta.
Além disso, o Ekoa tem o objetivo de revelar profissionais que não atuem somente no Kwai, mas que também consigam mostrar seus talentos em outras redes sociais.
“Essa frente estratégica é muito mais sobre cooperar para a economia criativa brasileira do que treinar pessoas para produzir conteúdo para o Kwai. A gente quer revelar talentos do Brasil, diferentes perspectivas, pontos de vista, narrativas, é uma coisa muito maior do que só a plataforma”, conclui Claudine Bayma.
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