Na última sexta-feira, dia 1º de agosto de 2025, presenciamos um dia de intensas emoções no mercado financeiro brasileiro. O dólar, termômetro da nossa economia, surpreendeu ao recuar quase 1%, fechando o dia cotado a R$ 5,5453. Mas o que motivou essa reviravolta?
A resposta, meus amigos, veio lá dos Estados Unidos. Os dados de emprego de julho frustraram as expectativas, com a criação de apenas 73 mil vagas fora do setor agrícola, um número bem abaixo das 110 mil esperadas. Esse balde de água fria enfraqueceu o dólar globalmente, como um gigante que tropeça e cambaleia.
E como um roteiro bem escrito, a notícia das novas tarifas de Donald Trump, nosso eterno conhecido, contra diversos países, incluindo o Brasil, perdeu um pouco de seu impacto. Pelo menos por agora. Afinal, quem liga para um trovão quando o céu já está desabando em água?
Mas e no nosso quintal? A produção industrial brasileira teve uma alta tímida de 0,1% em junho, enquanto o IPC-S acelerou para 0,37% no final de julho. Números dentro do esperado, confesso, mas que não aquecem o coração de ninguém.
Nosso ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não deixou barato e classificou as tarifas americanas como injustificadas. Prometeu defender nossa indústria e o agronegócio, como um leão que protege seus filhotes. Resta saber se suas ações serão suficientes para conter a fúria do mercado.
O viés de baixa do dólar ganhou força, como um rio que encontra seu curso natural. Os investidores, sempre atentos, já focam nos suportes gráficos, abrindo espaço para operações de curto prazo, mas com cautela, como quem pisa em ovos.
E por falar em cautela, os contratos de minidólar (WDOU25), com vencimento em setembro, fecharam em queda de 1,21%, cotados a 5.581 pontos. Um tombo que merece nossa atenção.
Análise do Gráfico de 15 Minutos: O Que Esperar?
A forte baixa na última sessão empurrou os preços para baixo das médias de 9 e 21 períodos, um sinal claro de fraqueza compradora no curto prazo. O fechamento negativo indica que o mercado segue pressionado pelos vendedores, como uma corda que se estica até arrebentar.
Para os compradores retomarem o controle, será crucial romper a resistência em 5.589/5.603. Acima desse nível, os próximos alvos estarão nas regiões de 5.610/5.623,5 e, em seguida, 5.637,5/5.652,5. Uma escalada árdua, mas não impossível.
Já para o cenário de baixa se intensificar, o ativo precisará romper o suporte imediato em 5.577/5.568. Se isso acontecer, o minidólar pode acelerar o movimento até as regiões de 5.563/5.548 e depois buscar os 5.520/5.509 pontos como alvo estendido. Uma queda livre que assusta qualquer um.
No gráfico diário, a queda mais forte rompeu as médias de 9 e 21 períodos, um sinal preocupante no médio prazo. Mas calma! O minidólar segue em um movimento lateral, com os extremos sendo testados a cada instante. A mínima de 2025, em 5.437,5 pontos, continua sendo uma referência importante de suporte.
Para reverter o viés de baixa e retomar o movimento de alta, será necessário romper a zona de resistência entre 5.613/5.676 pontos, com alvos em 5.701/5.731 pontos. Caso contrário, a perda do suporte em 5.563/5.509 pode intensificar a queda. O IFR(14) está em 45,59, em zona neutra, como um juiz indeciso em um julgamento.
Dólar Futuro (WDOU25): Gráfico de 60 Minutos
No gráfico de 60 minutos, a sessão também foi marcada por forte baixa, com o ativo rompendo as médias móveis de 9 e 21 períodos, que agora atuam como resistência dinâmica. Isso aumenta o peso vendedor e abre espaço para novos testes de fundo no curto prazo.
Para recuperar o fôlego e retomar a alta, o ativo deverá superar a resistência em 5.610/5.623,5. Com volume comprador suficiente, o próximo alvo será a faixa entre 5.669,5/5.675,5, e, mais adiante, as regiões de 5.701,5 e 5.731 pontos.
A continuidade do movimento de baixa será confirmada com o rompimento da faixa de 5.563/5.548 pontos, o que pode intensificar o fluxo vendedor e levar o ativo às regiões de 5.520/5.504 e, em um cenário mais pessimista, até 5.478/5.452 pontos.
E assim, meus amigos, o mercado financeiro segue seu curso, como um rio que nunca para de correr. Cabe a nós, investidores, estarmos atentos e preparados para aproveitar as oportunidades e evitar os perigos que surgem a cada instante.