Grounded 2 é o novo jogo da Obsidian Entertainment, disponível para Xbox Series X, Xbox Series S, Xbox One e PC, via Steam e Microsoft Store. O título, que tem preço de R$ 149 na versão padrão e R$ 199 na Founder’s Edition, também pode ser jogado via Xbox Game Pass e Xbox Cloud Gaming desde o dia um. O lançamento insere os jogadores em um mundo onde objetos que não parecem ser tão perigosos ou interessantes em seus tamanhos normais tomam conta de um contexto onde a sobrevivência é pautada na compreensão de onde você está pisando.
Sequência de Grounded, o título traz novidades aguardadas pela comunidade e ainda preserva outras, já que essa versão de lançamento chegará como uma prévia de jogo, com atualizações a serem lançadas futuramente. O TechTudo teve acesso antecipado a Grounded 2 e conversou com os desenvolvedores Miles Winzeler, Produtor, e Aarik Dorobiala, Senior Community Manager, que falaram sobre a importância dos feedbacks da comunidade no processo de criação do game. Veja, a seguir, nosso review completo do lançamento da Obsidian e a nota dada pelo TechTudo após os testes.
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Grounded 2 já está disponível no Xbox Game Pass e na Steam
Reprodução/Xbox
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Em resumo
Grounded 2 se passa dois anos após o primeiro jogo, quando uma nova explosão em Brookhollow durante a inauguração de uma estátua faz os adolescentes desaparecerem novamente. Agora, além de sobreviver a insetos hostis em escala ampliada, eles precisam descobrir os planos da nova líder da Ominent, Sloane Beamoun, que tenta resgatar a imagem da corporação após a queda de Dalton Schmector. A trama também introduz pistas e pichações misteriosas, aumentando o clima de investigação e suspense.
O jogo traz novidades pedidas pela comunidade, como os “buggies”, que permitem domesticar formigas e aranhas para locomoção, além de novos biomas, sistema de esquiva e mecânicas de sobrevivência mais complexas. A gestão de fome e sede continua essencial, assim como o uso de barracas, fogueiras e bancadas para crafting. O sistema de progressão, via “Raw Science”, ajuda na evolução do personagem, enquanto o inventário e a variedade de armas tornam o combate mais estratégico.
Apesar de ainda estar em versão inicial, Grounded 2 já oferece uma experiência imersiva e divertida, com a possibilidade de jogar via Xbox Cloud Gaming para quem tem hardware modesto. A comunidade tem grande peso nas futuras adições, como novos insetos e recursos. Embora a ausência de legendas em português seja uma limitação inicial, o jogo promete expandir ainda mais seu universo e consolidar-se como uma das melhores opções de sobrevivência em grupo da atualidade.
História de Grounded 2
Os eventos de Grounded 2 acontecem exatamente 2 anos após a narrativa do primeiro jogo. Uma explosão no dia 22 de outubro de 1992 toma conta do parque da cidade fictícia de Brookhollow durante a inauguração de uma estátua em homenagem aos adolescentes Max, Willow, Pete, Hoops, ao Doutor Wendell Tuly e ao robô BURG.L. Entretanto, a comemoração é interrompida e os jovens desaparecem novamente, iniciando uma nova jornada para retornarem aos seus tamanhos originais, como ocorre originalmente em Grounded.
Em Grounded 2 outra explosão toma conta do parque Brookhollow
Reprodução/Luã Souza
Entretanto, nessa sequência da narrativa, os jogadores lidam com uma realidade em que, após a prisão do ex-diretor da Ominent em Grounded, Dalton Schmector, uma nova liderança assume a empresa: a cientista Sloane Beamoun, que visa resgatar a imagem da corporação. Vale lembrar que é a empresa quem realizava experimentos secretos envolvendo os estudos do Doutor Wendell Tuly para criar uma tecnologia de encolhimento extremo de seres vivos. Agora, resta aos jovens desaparecidos descobrir quais são as intenções da nova administração da Ominent, mas, para isso será necessário encarar um universo repleto de seres conhecidos, mas que ao encolher aparentam ser bem mais assustadores e perigosos.
Grounded 2 traz uma sensação de vigia constante ao investigarmos algumas pistas e pichações misteriosas que estão espalhadas ao redor do playground, sendo necessário investigar a origem dessas gravuras, além de sobreviver entre aranhas, formigas, joaninhas, moscas e outros insetos – mas, agora, com aliados já conhecidos e cada vez mais presentes em nossa jornada.
Grounded 2 deixa escolhermos entre os 4 adolescentes desaparecidos
Reprodução/Luã Souza
Segundo Aarik Dorobiala, Senior Community Manager da Obisidian, uma das principais ideias de Grounded era ter uma história que eles queriam contar e fazer uma sequência era a possibilidade ideal de adicionar novidades que não estavam presentes em Grounded e, além disso, expandir a narrativa do universo para deixar os fãs animados para conhecer mais do universo narrativo.
Requisitos mínimos e desempenho de Grounded 2
Requisitos Mínimos Grounded 2 (PC)
Vale reforçar que, durante os meus testes, foi usado um computador com as seguintes configurações: Sistema Operacional Windows 11 (64 bits), placa de Vídeo Radeon RX 550 PCYES GDDR5 4 GB; Processador AMD Ryzen 3 3300X e memória RAM de 32 GB. Como o hardware estava abaixo do recomendado para executar o Grounded 2, foi necessário mexer no menu do jogo para adaptar o título ao meu hardware.
Para executá-lo de uma maneira minimamente confortável, mas com uma certa perda gráfica, eu zerei o “motion blur”, que é o recurso que aplica um desfoque durante a movimentação, coloquei os gráficos no Low e deixei a taxa de fps em modo ilimitado, o que me garantiu uma oscilação de 30 a 90 fps durante a gameplay.
Configurações usadas para teste em PC
Graças ao Xbox Cloud Gaming, alguns jogadores que possuem dispositivos menos potentes (como o meu) conseguem jogar títulos que exigem mais do hardware, como Clair Obscur: Expedition 33 , Doom: The Dark Ages e The Outer Worlds. Basta ter uma assinatura do serviço Xbox Game Pass Ultimate, que custa R$ 59,99. Com ele, é só o jogador garantir uma conexão estável com a Internet e selecionar a opção “Jogar Via Cloud Gaming ” para acessar os títulos na nuvem do Xbox.
Entretanto, em horários de pico no final do dia (entre 17h e 20h, horário de Brasília) e, dependendo da popularidade do jogo, os servidores podem encher e será necessário esperar por um longo período para jogar. O que recomendo é tentar usar esse recurso fora desse período para ter uma experiência mais agradável.
Insetos são amigos, não comida (embora alguns possam ser)
Como um bom jogo de sobrevivência, em Grounded 2 o jogador precisa coletar recursos para comer, hidratar-se e, além disso, para progredir é de extrema importância construir estruturas específicas para desenvolver itens mais avançados. As barracas servem como pontos de “respawn” e o jogador pode construí-las em diversos pontos do mapa para no caso de uma morte ser possível retornar para algum ponto específico do “playground”. As bancadas de trabalho também permitem o “crafting” de cestos que podem ser utilizados para armazenar itens e fogueiras para cozinhar carnes de insetos e outros recursos coletados no mapa.
A maior novidade de Grounded 2 é a inserção dos “Buggies” no jogo. Nessa versão inicial só existem duas possibilidades de domesticação e montaria inicialmente para os jogadores, sendo as formigas e as aranhas as protagonistas desse novo recurso. Entretanto, a maneira de domesticar as montarias não é tão simples, já que o jogador precisa coletar ovos dos insetos desejados e é necessário ter cuidado ao fazer essa ação.
Grounded 2 conta com domesticação de insetos para atravessar o mundo
Reprodução/Xbox
Isso porque na minha experiência, ao entrar no formigueiro, as formigas me flagraram tentando roubar seus ovos e automaticamente começaram a me atacar, embora elas sejam inofensivas em praticamente 90% do encontro que temos com elas em outros lugares do mapa, ninguém gosta de ter suas crias roubadas.
Além disso, uma dica de sobrevivência é tomar cuidado com a formiga soldado vermelha, seus ataques são rápidos e em sequência, o que exige uma boa administração da sua barra de vigor durante as lutas e, se possível, use a clava para deixá-la atordoada e depois troque para a lança para dar muitos golpes sem perder tanta energia.
Grounded 2 inventário
Reprodução/Luã Souza
Dentro do inventário, nós conseguimos modificar nosso armamento de acordo com o estilo de combate que queremos adotar durante a exploração do playground, sendo possível usar escudos e outras armas como a lança, arco e flecha e clava para combater os inimigos. Entretanto, não é possível executar algumas combinações, como usar a clava e o escudo ao mesmo tempo, por exemplo. Na mochila que carregamos durante as aventuras, há 40 espaços livres para armazenar itens e em casos de morte, é necessário voltarmos ao ponto em que morremos para recuperá-la junto de nossos materiais encontrados.
Algo a se destacar também é que definitivamente analisar os itens coletados e descobertos nunca é demais, já que o jogo conta com um sistema de progressão impulsionado pela “Raw Science” e, assim, é possível fazer algumas melhorias nos status do personagem conforme avançamos na campanha.
Grounded 2 conta com um sistema de progressão a partir da análise de recursos
Reprodução/Luã Souza
Além das habilidades de combate, é essencial atentar-se para a manutenção das barras de fome e sede, que podem passar despercebidas em alguns momentos da gameplay. Para gerenciar melhor esses indicadores, eu consegui craftar cantis para armazenar água e caçar insetos menores ao redor do mapa, cujas carnes consegui cozinhar em fogueiras e isso é algo que ajuda muito na sobrevivência pois alguns alimentos adicionam atributos especiais para nossos personagens, como mais força, velocidade e resistência.
Entretanto, é necessário atentar-se para não consumir carnes podres e águas sujas dentro do universo de Grounded. Isso porque ao beber ou comer alimentos podres, os status de sede e fome são reduzidos e pode ser necessário correr para buscar novos alimentos ou fontes de água limpa. Além da administração desses elementos de sobrevivência, Grounded 2 conta com diversos biomas para serem explorados e alguns novos foram adicionados à sequência, como uma parte de gelo que conta com objetos espinhosos que podem causar danos ao jogador e é necessário atentar-se aos inimigos que podem ser encontrados nesses locais.
Grounded 2 envolve a exploração de diversos biomas e gerenciamento de barras para sobreviver
Reprodução/Luã Souza
Outra preocupação da equipe de desenvolvimento durante o desenvolvimento de Grounded 2 era corrigir uma ausência no primeiro título, a inserção do “Aracnofobia Mode”. Essa ferramenta foi adicionada graças a uma pesquisa feita pelo time de desenvolvimento da Xbox e ela é considerada crucial para abraçar um número maior de jogadores com o suporte oferecido e não impedir que algumas pessoas não vivam a experiência por conta desse medo.
A importância da comunidade de Grounded
Definitivamente deslocar-se pelo mapa acompanhado por uma formiga ou por uma aranha é uma das experiências mais divertidas que podemos usufruir nesse mundo e como o título vai sair no formato “Game Preview”, podemos esperar novos recursos para campanhas online ou individuais, talvez um “buggie voador”? Não temos como saber, mas pelo fiz essa sugestão para a equipe e todo fã de Grounded pode entrar no Discord e fazer parte dos processos de sugestões de melhorias para o jogo nas próximas versões que forem sair.
Outro elemento que desperta muita curiosidade nos fãs de Grounded é se alguns mistérios deixados pelo primeiro jogo serão respondidos em Grounded 2 e aparentemente, será necessário esperar o jogo sair para ver se teremos essas respostas. Segundo Miles, essas ideias são valiosas.
“Nós amamos as teorias e amamos observar as ideias das pessoas, sabe. Ter os fãs para dar uma nova perspectiva, pegar alguns fios soltos favoritos e easter eggs do primeiro jogo que ainda precisam de resolução, e sim, os desenvolvedores têm se dedicado bastante a honrar a curiosidade da comunidade. Então, vamos ver quando o jogo for lançado.”
Para os devs, Grounded 2 conta com três grandes adições: buggies, uma mecânica de esquiva e novos biomas. Os buggies eram um recurso muito solicitado pela comunidade, necessário devido ao espaço limitado do quintal do jogo original. Os novos biomas também foram fortemente impulsionados pelos fãs, incorporando insetos sugeridos pelos jogadores que não se encaixavam no cenário do primeiro jogo e a mecânica de esquiva atendeu a um antigo pedido por opções de combate aprimoradas que trazem um dinamismo maior para esses momentos no jogo.
Como a versão que chegará nesse momento para o público não é a definitiva, muitas portas continuam abertas no universo de Grounded, desde a possibilidade de novos buggies no futuro, biomas, itens de crafting e estruturas liberadas para construção. Miles complementou que ainda têm muitas ideias, mas esperam que os jogadores experimentem o recurso para se adaptarem melhor antes de mais novidades.
“Ainda há muitas direções que queremos seguir, mas também queremos que os jogadores sintam isso de pegar seu buggie, passando pelo processo de pegar, nomear, escrever, ver como é em combate. Como todos esses recursos básicos do seu buggie, queremos que eles estejam lá. E os detalhes maiores virão depois. Então, acho que, nesse sentido, em geral, o acesso antecipado significa que não precisamos fechar essas portas. É sempre um desafio garantir que tudo esteja harmonioso e funcione bem em conjunto.”
Grounded 2 vale a pena?
O que anima em Grounded 2 é justamente o fato do jogo chegar ao público em uma versão incial, com um universo gigantesco de possibilidades a serem exploradas. Entre joaninhas, larvas, besouros, formigas, é curioso que apesar de algumas pessoas terem nojo ou medo de insetos, eu me senti completamente envolvido pelo mundo fascinante durante as explorações, seja caminhando ao lado de espécies mais pacíficas ou precisando fugir de alguma larva, besouro ou formiga soldado (que dão muito trabalho para fugir). Uma das poucas críticas que tenho ao lançamento inicial é que não há ainda a inserção de legendas em português e localização em nosso idioma, mas isso pode ser que chegue em atualizações futuras.
Realmente, para quem gosta de jogos de sobrevivência e prosseguir em campanhas conjuntas, Grounded 2 já trouxe e promete adicionar novas possibilidades de exploração para os jogadores. Sigo na esperança de termos a capacidade de “buggies” voadores e outras mecânicas para potencializar a gameplay.
Entretanto, nessa experiência inicial, apesar de não contar com um PC tão potente, consegui aproveitar bem os momentos iniciais dos jogos e agora continuarei minha exploração em busca de novas espécies para domesticar e se possível espalharei a palavra para amigos que possuem o Xbox Game Pass para dominarmos o PlayGround.
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