O caso envolvendo o rapper e produtor norte-americano Sean ‘Diddy‘ Combs ganhou um novo capítulo nesta semana. A equipe jurídica do artista apresentou ao tribunal uma moção solicitando que a condenação por transporte de pessoas para fins de prostituição seja anulada.
Caso a absolvição não seja concedida, a defesa pede a realização de um novo julgamento, alegando falhas processuais e uso de provas que teriam prejudicado indevidamente o réu.
O pedido foi protocolado na última quarta-feira (30/7), apenas dias após os advogados de Combs também solicitarem sua liberdade provisória mediante pagamento de fiança no valor de US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões). Atualmente, o artista de 55 anos aguarda a sentença, prevista para 3 de outubro, detido em regime de custódia federal.
A principal linha de argumentação da defesa é que Combs não teria violado a Lei Mann, legislação federal norte-americana criada para punir o transporte de pessoas entre estados para práticas sexuais ilegais. Os advogados sustentam que não houve finalidade comercial no ato e que todos os envolvidos eram adultos conscientes e participantes voluntários.
No documento enviado ao tribunal, a equipe jurídica destaca que o cliente “nunca manteve relações sexuais com as supostas prostitutas” e que as viagens citadas na acusação foram feitas por livre e espontânea vontade dos acompanhantes contratados.
Segundo a defesa, os profissionais eram acompanhantes e dançarinos masculinos que anunciavam seus serviços de forma legal e recebiam pagamento pelo tempo despendido. O texto ainda afirma que alguns desses homens chegaram a desenvolver amizades com Cassie Ventura, ex-namorada de Combs, que mais tarde o acusaria de estupro e tráfico sexual.
Além do pedido de absolvição, a moção da defesa argumenta que, se mantida a condenação, um novo julgamento deve ser concedido. A justificativa é que o processo teria sido contaminado por “provas altamente prejudiciais e inflamatórias”, como a divulgação de imagens de câmeras de segurança de 2016 que mostram Combs agredindo Ventura em um hotel.
Para os advogados, esse material audiovisual não tem relação direta com as acusações de transporte para prostituição, mas teria influenciado negativamente o júri.
Sean ‘Diddy’: Condenações e absolvições
No início deste mês, Combs foi considerado inocente das acusações mais graves, como tráfico sexual e extorsão. No entanto, a condenação por transporte de pessoas para fins de prostituição foi mantida, gerando indignação na defesa, que considera a decisão sem precedentes para casos semelhantes.
A equipe ressalta que, “até onde se tem registro, Combs é o único indivíduo condenado sob essa interpretação da lei”, o que reforçaria a necessidade de revisão judicial.
Enquanto aguarda a análise da moção, Sean ‘Diddy’ Combs segue detido, e o desenrolar do caso será decisivo para definir seu futuro jurídico e profissional. Se o pedido de absolvição ou novo julgamento for aceito, o processo poderá ter um rumo completamente diferente antes mesmo da audiência de outubro.