Nicki Minaj está em pé de guerra — e o campo de batalha é digital. Nos últimos meses, a autoproclamada “Barbie” do rap disparou uma sequência explosiva de ataques contra celebridades e executivos de alto escalão da música. De Jay-Z a Megan Thee Stallion, passando por SZA e Latto, ninguém parece intocável quando a rapper decide apertar “postar”.
O que começou como críticas pontuais, muitas vezes ligadas a decisões da indústria sobre indicações ao Grammy ou colaborações mal resolvidas, rapidamente escalou para ofensas pessoais, acusações pesadas e até invocações religiosas. Em uma verdadeira maratona de postagens no X (antigo Twitter) e no Instagram, Minaj alterna entre indiretas ácidas e declarações que beiram o conspiratório — sempre sob aplausos de sua fervorosa legião de fãs, os Barbz.
Em janeiro, a treta com Megan Thee Stallion explodiu após o lançamento da faixa “Hiss”, onde Megan parece alfinetar o passado jurídico do marido de Nicki. A resposta veio com “Big Foot”, uma diss que não empolgou o público, mas antecedeu uma série de ataques de Minaj à rival, incluindo comentários sobre sua mãe falecida e sua credibilidade como vítima de violência.
Não satisfeita, Nicki também voltou seus canhões para a Roc Nation, empresa de Jay-Z. Em posts inflamados, acusou o magnata e sua CEO, Desiree Perez, de práticas antiéticas, manipulação de prêmios e até omissão em temas sociais. Ela também insinuou que foi passada para trás financeiramente na venda do Tidal, streaming fundado por Jay-Z, onde supostamente teria uma pequena participação. “Nem um centavo”, escreveu. “Fui enganada.”
As provocações ganharam tons ainda mais pessoais com ataques a Perez por conta de seu passado jurídico e um processo polêmico envolvendo sua filha. Jay-Z, por enquanto, segue em silêncio.
Mas o barril de pólvora não parou aí. Terrence “Punch” Henderson, ex-empresário de SZA, virou alvo após suposta recusa de uma proposta de negócios feita por ele. A resposta de Minaj veio com memes, ofensas e acusações de “streams comprados”. SZA, inicialmente discreta, acabou envolvida ao postar frases genéricas que Minaj tomou como indiretas — e respondeu com ataques sobre aparência, sucesso e integridade artística.
A escalada culminou em um episódio bizarro: após um membro da equipe da TDE dizer em tom de brincadeira que Nicki deveria “relaxar antes de ser colocada no liquidificador”, a rapper acionou o FBI, CIA e até uma deputada dos EUA, pedindo investigação por ameaça de morte.
Não é a primeira vez que Minaj mobiliza sua base digital contra críticos — e o histórico assusta. Desde 2018, quando uma escritora foi perseguida por fãs após uma crítica, até casos recentes de assédio a comentaristas culturais, a relação da rapper com seus seguidores online levanta debates sobre responsabilidade, bullying digital e os limites entre fandom e perseguição.
Apesar das controvérsias, Nicki segue acumulando streams e se mantém no centro da cultura pop. Sua capacidade de se reinventar como figura combativa — ora como justiceira, ora como vítima — alimenta a própria máquina de polêmica que ela mesma criou.
Nicki Minaj revela que recusou parceria com Drake em faixa de sucesso
Na última quinta-feira (17), a rapper Nicki Minaj revelou em seu Twitter que rejeitou uma parceria com o canadense Drake na faixa “Rich Baby Daddy”, presente no álbum For All The Dogs, lançado pelo rapper em 6 de outubro de 2023, que conta ainda com participações de Sexyy Red e SZA.
A revelação surgiu em meio a uma disputa pública entre Nicki Minaj e SZA na rede social. A rapper compartilhou esse detalhe após uma série de tweets comentando a carreira da intérprete de “All The Stars”. Segundo Nicki, Drake queria que ela e Sexyy Red participassem do single, e ela ainda mantém guardada uma versão da música com seu verso.
Em um dos tweets, Nicki Minaj expressou surpresa e dúvida sobre se SZA tinha conhecimento da recusa dela:
“Fico pensando se ela sabe que recusei participar da música ‘shake dat ass for Drake’. Ele queria eu e a Sexyy na faixa. Ainda tenho a versão só com Drake e Sexyy.”
Ela explicou o motivo pelo qual optou por não aceitar a colaboração, justificando seu foco no lançamento do seu quinto álbum de estúdio, Pink Friday 2, que saiu em 8 de dezembro de 2023. Nicki deixou claro que pretende fazer uma colaboração com Drake em um momento mais significativo. Em suas próprias palavras, ela disse:
“Eu disse que queria esperar pelo Pink Friday 2, para que ele e eu fizéssemos uma música do Dricki que fosse mais especial.”
Nicki Minaj e Drake já colaboraram diversas vezes, com faixas como “Up All Night” e “Make Me Proud”, presentes em projetos de Drake, e “Only”, “Moment 4 Life”, “Needle”, “Seeing Green” e “No Frauds”, lançadas por Nicki.
“Rich Baby Daddy” foi um dos maiores sucessos do álbum For All The Dogs, acumulando mais de 570 milhões de reproduções no Spotify e atingindo o pico de 11ª posição na parada de singles da Billboard Hot 100.