O Internet Explorer (IE) marcou a entrada da Microsoft no mercado de navegadores. Lançado em 1995 como parte do pacote Microsoft Plus! para o Windows 95, o software tinha visual simples e recursos limitados. A primeira versão permitia navegar por páginas em HTML e acessar os primeiros sites da web. O IE ajudou a popularizar o uso doméstico da internet e, ao vir instalado no sistema operacional, se tornou um dos navegadores mais usados do mundo nos anos 2000. A seguir, relembre a história do primeiro Internet Explorer, suas principais funcionalidades e o legado que deixou.
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A primeira versão do Internet Explorer, lançada em 1995, marcou o início da era da navegação na internet
Reprodução/Web Design Museum
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O que é o Internet Explorer?
O Internet Explorer foi a porta de entrada de muitos usuários na internet
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O Internet Explorer (IE) marcou o início da navegação online para muita gente. Esse navegador gráfico foi lançado pela Microsoft em 1995, quando a internet doméstica ainda era novidade, o que facilitou o acesso à web. Ele permitia visitar sites, visualizar páginas com textos, imagens e links, e também interagir com os primeiros conteúdos online. Naquele momento, o principal concorrente era o Netscape Navigator, um navegador pago que liderava o mercado.
Como o IE já vinha instalado como padrão no Windows, o sistema operacional mais usado na época, ele conquistou popularidade rapidamente. Durante muitos anos, foi o navegador mais utilizado no mundo e chegou a representar 95% do mercado em 2003. O nome “Internet Explorer” traduzia bem sua proposta: “Internet” remetia ao novo ambiente digital, enquanto “Explorer” destacava seu papel como ferramenta para explorar esse território virtual.
Como foi a primeira versão do Internet Explorer?
O Internet Explorer 1.0 foi o primeiro navegador da Microsoft
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A primeira versão do Internet Explorer, conhecida como IE1, foi lançada em 16 de agosto de 1995 como parte do pacote Microsoft Plus! para o Windows 95. O IE1 foi desenvolvido a partir do código-fonte do navegador Mosaic e criado por apenas seis pessoas que adaptaram o navegador gráfico para o sistema da Microsoft. Na época, a versão original do Windows 95 não incluía nenhum navegador, já que a empresa não havia previsto o rápido crescimento da internet. Apesar de suas limitações, o IE1 foi a primeira tentativa da Microsoft de entrar no mercado de navegadores, dominado pelo Netscape Navigator e pelo Mosaic. Ainda em 1995, a Microsoft lançou mais duas versões do Internet Explorer com novidades importantes como o protocolo SSL para conexões seguras e suporte a JavaScript.
O navegador chegou a ser distribuído em capas de revistas e kits de acesso de provedores de internet. Embora a primeira versão fosse paga, por fazer parte do Microsoft Plus!, a partir de 1998 a Microsoft passou a oferecer o Internet Explorer gratuitamente e incorporou ao sistema operacional com o lançamento do Windows 98. Essa estratégia permitiu que o IE conquistasse uma grande fatia do mercado e superasse concorrentes, o que tornou o IE o navegador mais dominante da época. No entanto, a decisão de distribuir o navegador gratuitamente gerou disputas legais com a Spyglass, devido às condições do licenciamento original.
Quais eram as funcionalidades da primeira versão do Internet Explorer?
O Internet Explorer 1.0 tinha interface cinza e barra de ferramentas ampla
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A primeira versão do Internet Explorer, lançada em 1995, trazia funcionalidades básicas, mas já suficientes para a época. O navegador permitia a navegação por páginas em HTML e exibia imagens nos formatos mais comuns, como GIF e JPEG. Também era possível salvar páginas webs no disco local para visualização offline. A interface seguia o padrão visual da época com campo para digitar o endereço, barra de ferramentas e fundo em tons de cinza. O primeiro logotipo do IE trazia um globo cinza e branco, com o nome “Internet Explorer” em azul-escuro com borda verde e a palavra “Microsoft” posicionada ao lado.
O primeiro logotipo do Internet Explorer tinha como símbolo um globo
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O navegador era compacto e ocupava cerca de 1 MB de espaço no disco. O software rodava em sistemas Windows 95 com processadores 80386 ou superiores, exigindo no mínimo 8 MB de memória RAM. O pacote incluía o IE 1.0 custava US$ 49,99 (cerca de R$ 276,23 na cotação atual) e fazia parte do Internet Jumpstart Kit do Microsoft Plus!. Com o passar do tempo, o Internet Explorer foi ganhando novas funcionalidades e melhorias. Lançada ainda em 1995, a versão 1.5 adicionou suporte à renderização de tabelas HTML. Já as abas, que permitem o usuário abrir várias páginas na mesma janela, só foram incorporadas no IE 7, em 2006.
Qual o legado do Internet Explorer?
Site oficial da Casa Branca em 1995
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O Internet Explorer deixou um legado importante na história da internet. Ele foi um dos grandes responsáveis por popularizar a navegação gráfica e influenciar os primeiros hábitos online de milhões de pessoas. Além disso, o IE1 abriu caminho para outras versões da Microsoft e para o desenvolvimento de navegadores concorrentes. Foram 11 versões principais ao longo dos anos, com presença em diferentes plataformas, o que inclui Macintosh e UNIX. O Internet Explorer 6 foi uma das versões mais populares, mas também foi amplamente criticado pela vulnerabilidade a ataques. Por ser tratado como parte do sistema operacional, o IE demorava para receber atualizações. Isso fez com que ele ficasse para trás diante das rápidas mudanças na web, que exigiam mais segurança, velocidade e compatibilidade com novas tecnologias.
Essa estagnação abriu espaço para novos concorrentes, como o Mozilla Firefox, lançado em 2004 com base no antigo Netscape Navigator, e o Google Chrome, que chegou em 2008 e redefiniu a experiência de navegação. Apesar das tentativas de atualização, o Internet Explorer perdeu força e foi substituído pelo Microsoft Edge, em 2015. Baseado no mesmo motor do Chrome, o Edge oferece uma experiência mais rápida, segura e integrada a recursos de inteligência artificial, como o Microsoft Copilot. Ainda assim, o navegador mantém um “Modo Internet Explorer” para garantir acesso a sites legados, páginas desenvolvidas com tecnologias antigas e utilizadas por muitas empresas.
Com informações de BBC, Blog Turbologo, G1, Independent, Microsoft, The Verge, Web Design Museum e Win World.
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