Nova ferramenta do Google pode detectar deepfakes até em imagens sem rostos


Pesquisadores da Universidade da Califórnia – Riverside, nos Estados Unidos, em parceria com o Google, criaram uma nova ferramenta chamada UNITE, que promete impactar como identificamos vídeos gerados ou manipulados por inteligência artificial (IA). Diferente das soluções atuais, que focam em rostos e microexpressões para detectar conteúdos sintéticos, o UNITE analisa o contexto completo da imagem. A análise considera fundo, padrões de movimento e elementos visuais que passam despercebidos por humanos e algoritmos comuns.
A proposta é determinar se os vídeos são feitos por IA mesmo quando nenhum rosto aparece na cena, algo que é cada vez mais comum em imagens manipuladas pela tecnologia. A seguir, entenda como funciona a nova tecnologia do Google e saiba o que muda com os deepfakes.
🔎 Google melhora remoção de deepfakes e contexto de imagens; entenda mudança
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IA criada pelo Google em parceria com a Universidade da Califórnia – Riverside permite identificar deepfakes sem rostos; entenda
Reprodução/Freepik
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Apresentado durante a CVPR 2025, uma das principais conferências de visão computacional do mundo, o sistema vai além dos métodos tradicionais de detecção de vídeos sintéticos, que geralmente analisam somente alterações em rostos ou micro expressões. O UNITE, por sua vez, examina todo o contexto visual, incluindo fundo, padrões de movimento e regiões menos óbvias, que passam muitas vezes despercebidas por algoritmos convencionais.
UNITE analisa o fundo e o movimento do vídeo para identificar manipulações mais sutis
Reprodução/arXiv
A ferramenta utiliza uma arquitetura de aprendizado profundo chamada SigLIP, e se destaca pelo uso do método de treinamento “perda de atenção-diversidade”. Essa técnica força o sistema a observar diversas áreas do vídeo ao mesmo tempo, ampliando sua capacidade de detectar manipulações em diferentes tipos de conteúdo, inclusive os mais difíceis de rastrear, como vídeos gerados a partir de texto ou imagens estáticas.
Mapas de calor revelam que o UNITE distribui atenção por todo o vídeo, facilitando a detecção de deepfakes complexos
Reprodução/arXiv
Para os criadores do projeto, o UNITE representa um avanço necessário diante da crescente sofisticação dos deepfakes. Ainda em fase de aprimoramento, a tecnologia tem potencial para ser incorporada a redações jornalísticas, agências de checagem e redes sociais, atuando como um “caçador de deepfakes” em larga escala.
Com informações de arXiv e IGN.
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