É verdade que astronautas podem retornar à Terra mais altos após um período no espaço. A explicação para esse fenômeno está relacionada à gravidade — ou melhor, à ausência dela (microgravidade) fora da atmosfera terrestre.
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No ambiente de microgravidade, as vértebras da coluna vertebral tendem a se afastar levemente, o que leva ao alongamento da coluna e, consequentemente, a um aumento da estatura.
De acordo com a NASA, os astronautas podem crescer cerca de 3% ainda nos primeiros três ou quatro dias em ambiente de microgravidade, como a Estação Espacial Internacional (ISS).
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Contudo, assim que retornam à Terra e a gravidade volta a agir sobre seus corpos, os astronautas geralmente recuperam sua altura original em pouco tempo.
Uma astronauta 3 cm mais alta
Um exemplo de alteração na altura foi verificado com a astronauta da agência espacial norte-americana Kate Rubins, que viajou à Estação Espacial Internacional (ISS) em 2016 a bordo da espaçonave Soyuz MS.
Na ocasião, a funcionária da NASA ficou no espaço entre o dia 7 de julho e 30 de outubro de 2016 e retornou à Terra cerca de três centímetros mais alta: partiu com 1,71 metro e voltou com 1,74 metro.
Atrofia muscular e perda de massa óssea
Pessoas que passam longos períodos no espaço também podem apresentar graus variados de atrofia muscular. Isso ocorre porque, em microgravidade, os astronautas flutuam quase o tempo todo, o que exige menos esforço muscular do que na Terra.
Outro efeito comum é a perda acelerada de densidade óssea. Enquanto um idoso na Terra tende a perder cerca de 1% de massa óssea ao longo de um ano, um astronauta pode perder essa mesma quantidade em apenas um mês no espaço.
Para minimizar esses efeitos, os astronautas realizam mais de duas horas de exercícios físicos diários durante as missões, utilizando bicicleta ergométrica, esteira e equipamentos que simulam levantamento de peso.
Alterações nos fluidos corporais
A ausência de gravidade também afeta a circulação dos fluidos corporais.
De acordo com a NASA, é comum que esses fluidos — como o sangue — se acumulem na região da cabeça. Isso pode causar inchaço do nervo óptico, achatamento da parte posterior do olho, dobras na retina e até aumento de volume cerebral.
Essa combinação de alterações é conhecida como Síndrome Neuro-Ocular Associada a Voos Espaciais (SANS) e pode provocar sintomas como visão embaçada.
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