O código verde que cai em tela preta é uma das imagens mais marcantes de Matrix e símbolo imediato da franquia. Presente desde o primeiro filme, lançado em 1999, o chamado “Matrix code” representa visualmente a estrutura do mundo simulado e aparece em todas as produções do universo da saga — incluindo os curtas de Animatrix e jogos como Path of Neo e The Matrix Online. Mas quais são os símbolos que compõem essa “chuva digital” e como ela foi criada?
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O Matrix code é formado por uma combinação de caracteres japoneses katakana (alguns invertidos), letras latinas, números arábicos e símbolos gráficos, como uma cabeça de touro — visível no final da abertura de Matrix Revolutions.
O efeito visual remete ao funcionamento dos monitores de fósforo verde, comuns nas décadas de 1970 e 1980. Nessas telas monocromáticas, os caracteres deixavam um rastro temporário, o que ajuda a explicar o visual “fluorescente” e contínuo da chuva digital.
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Origens visuais e referências culturais
Em entrevista de 2017 ao site CNET, Simon Whiteley afirmou que escaneou caracteres de livros de receitas japonesas de sua esposa e comentou: “Gosto de dizer que o código da Matrix é feito de receitas de sushi”. A declaração ganhou fama, mas foi posteriormente questionada por influenciadores japoneses, que apontaram inconsistências na origem dos caracteres.
Já a ideia da chuva digital surgiu após os criadores da franquia assistirem à versão coreana de Tron (1982). Ao verem os créditos coreanos sobrepostos à tela, eles se impressionaram com o visual e usaram a estética como base para desenvolver o efeito em Matrix.
Outra referência clara é o filme Ghost in the Shell (1995), clássico do cyberpunk japonês que também usa códigos caindo como recurso visual nas cenas de abertura e influenciou diretamente o tom filosófico e estético da franquia das irmãs Wachowski.
Com o sucesso de Matrix, a estética do código digital verde se espalhou por outras obras de ficção científica, jogos, videoclipes, comerciais e até mesmo protetores de tela — consolidando a “chuva digital” como um símbolo visual de realidades simuladas.
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