A guerra tarifária iniciada pelo governo de Donald Trump forçou mudanças abruptas, principalmente em como as empresas estadunidenses de tecnologia lidam com a importação de seus chips fabricados na Ásia. A AMD, entre outras empresas, precisou recorrer à TSMC Arizona em vez da tradicional fábrica taiwanesa para produzir seus chips, e a CEO do Time Vermelho reclamou dos preços mais altos dos semicondutores feitos nos EUA.

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Em entrevista à Bloomberg, Lisa Su disse que o custo de fabricação de semicondutores na TSMC do Arizona fica entre 5% e 20% mais caro em relação às fábricas em Taiwan. Segundo ela, a AMD terá de arcar com esses custos maiores para manter a “resiliência da cadeia de suprimento” funcionando.

“Acho que, do ponto de vista econômico, temos que considerar a resiliência da cadeia de suprimentos. Acho que aprendemos isso durante a pandemia — a ideia de que você pensa em suas cadeias de suprimentos não apenas pelo menor custo, mas também pela confiabilidade, pela resiliência e todas essas coisas. Acho que é assim que estamos pensando sobre a manufatura nos Estados Unidos”, disse a CEO da AMD ao Bloomberg.

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EUA caminham para a independência na fabricação de chips

Lisa Su reconhece a importância do incentivo dos EUA em um investimento maior na indústria de semicondutores no país, mesmo que os chips fabricados ali acabem saindo mais caros, comparado com as instalações taiwanesas. “Acho que é um investimento muito bom para garantirmos a manufatura americana e a resiliência”, adiciona. Os americanos já começaram a ver eletrônicos mais caros desde o início das tarifas impostas pelos EUA.

A CEO da AMD disse ainda que espera receber o silício de nova geração da TSMC Arizona no fim do ano. Apple e NVIDIA também são outros clientes de grande porte da instalação da empresa taiwanesa nos EUA.

Esse é um passo importante para impulsionar a fabricação doméstica de chips em território americano e eliminar cada vez mais a dependência da Ásia nesse aspecto.

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