Miley Cyrus parece ter alcançado o auge artístico de sua trajetória. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (24), a cantora norte-americana estreou o especial Billions Club Live com números impressionantes no Spotify e consolidou seu mais recente álbum, Something Beautiful, como um dos maiores fenômenos do ano. Com milhões de streams em poucas horas, Miley mais uma vez voltou ao centro das conversas da indústria musical e nas paradas globais.
Billions Club Live e a consagração no streaming

Crédito da imagem: oficial promocional do especial Billions Club Live.
Exibido pela plataforma em parceria com a série Spotify Singles, o especial Billions Club Live celebra as faixas da artista que ultrapassaram a marca de 1 bilhão de reproduções no serviço. O projeto mistura versões ao vivo de hits consagrados com arranjos inéditos e performance vocal arrebatadora — elogiada por fãs, críticos e colegas de profissão.
O marco histórico coroa a artista como uma das poucas cantoras solo de sua geração a figurar diversas vezes no seleto clube do bilhão, ao lado de nomes como Taylor Swift e Rihanna.
Something Beautiful: ousadia e maturidade
Desde seu lançamento, Something Beautiful tem sido interpretado como o trabalho mais maduro de Miley Cyrus. Em composições que misturam elementos de synthpop, folk e baladas soul, a cantora entrega letras confessionais, arranjos sofisticados e um controle vocal refinado — reflexo de sua evolução técnica e emocional ao longo dos anos.
A estética visual do álbum também vem sendo exaltada por publicações como Rolling Stone e NME, que destacaram a coesão entre som e imagem, além do flerte da artista com a moda de alta costura.
Elegância, atitude e história
Ao longo dos anos, Miley Cyrus se destacou não apenas pela voz marcante, mas por seu senso estético apurado e pela capacidade de entregar performances inesquecíveis. Sua presença de palco mistura teatralidade, emoção e uma entrega física intensa, que transforma cada apresentação em um espetáculo visual e sonoro.
Nos últimos anos, Miley se consolidou como presença obrigatória nos principais festivais do mundo. No Glastonbury, emocionou o público com uma versão explosiva de “Nothing Breaks Like a Heart” ao lado de Mark Ronson. Assista abaixo:
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No Lollapalooza Brasil, arrancou gritos e lágrimas da plateia ao emendar “Wrecking Ball” e “The Climb” em uma performance que viralizou instantaneamente. Já no Primavera Sound, em Barcelona, trouxe uma interpretação visceral de “Angels Like You” cercada por luzes suaves e uma estética quase cinematográfica.
Sua paixão por releituras também a aproximou de públicos diversos. Seu cover de “Jolene”, da madrinha e ícone Dolly Parton, se tornou um dos vídeos mais assistidos da carreira — e, mais que homenagem, foi um gesto de reverência à música country, onde suas raízes artísticas começaram. Assista abaixo:
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A performance de “Like a Prayer”, de Madonna, gravada ao vivo no Bud Light Super Bowl Music Fest, na Crypto.com Arena, em Los Angeles, em fevereiro de 2022, evidenciou o domínio técnico e a reverência de Miley à história do pop — um momento emblemático que uniu potência vocal, presença de palco e tributo a um dos maiores ícones da música mundial. Assista abaixo:
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E sua versão intensa de “Maybe”, clássico de Janis Joplin, em um festival beneficente, foi aclamada como um dos momentos mais emocionantes de sua carreira recente. Ouça logo abaixo:
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Além do talento musical, Miley também se afirma como um ícone de estilo. De looks inspirados no glam rock e no punk dos anos 1980 às escolhas de alta-costura em campanhas para marcas como Gucci e Saint Laurent, sua imagem é meticulosamente construída para expressar liberdade, sensualidade e sofisticação — refletindo sua fase mais madura e coerente artisticamente.
Miley Cyrus hoje representa o equilíbrio raro entre voz potente, estética impactante e autenticidade emocional — qualidades que a tornam uma das artistas mais completas de sua geração.
Linha do tempo dos sucessos
Ao longo de mais de 15 anos de carreira, Miley Cyrus construiu uma trajetória de reinvenções artísticas e estéticas, sempre acompanhada por videoclipes que marcaram gerações e refletem sua evolução como cantora, compositora e performer.
2009 – “Party in the U.S.A.” e a transição pós-Disney
Após o fenômeno Hannah Montana, Miley rompe com a imagem adolescente em um dos vídeos mais icônicos do pop nos anos 2000. Em “Party in the U.S.A.”, ela aparece mais confiante, com figurinos casuais e atitude solar, conquistando o público jovem adulto e preparando o terreno para o que viria a seguir.
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2013 – “Wrecking Ball” e a era Bangerz
Com direção de Terry Richardson, o videoclipe de “Wrecking Ball” redefiniu a imagem pública da artista. A nudez simbólica, o olhar direto para a câmera e a performance crua foram recebidos com choque, mas também como afirmação de autonomia artística. No mesmo ano, a estética colorida e provocativa de “We Can’t Stop” consolidou a Bangerz Era como uma virada ousada e decisiva.
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2017 – “Malibu” e o reencontro com as raízes
Mais serena e com uma nova abordagem visual, Miley surge em “Malibu” caminhando à beira-mar, com figurinos leves e paisagens naturais. A canção — e seu clipe — marcam uma fase de reconexão com a vida pessoal e com suas origens folk-country. O álbum Younger Now reforça essa estética mais orgânica e intimista.
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2020 – “Midnight Sky” e a estética glam rock
A era Plastic Hearts trouxe de volta o brilho dos anos 1980. Em “Midnight Sky”, Miley aparece com maquiagem marcante, mullet platinado e uma estética visual inspirada em ícones como Stevie Nicks e Joan Jett. O clipe, com luzes neon e atmosfera retrô, viralizou entre fãs e influenciadores, além de conquistar a crítica especializada.
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2023 – “Flowers” e o ápice da independência
O videoclipe de “Flowers” se tornou um símbolo de empoderamento e liberdade pessoal. Filmado em Los Angeles, o vídeo mostra Miley sozinha em uma mansão, dançando e treinando, em cenas que se tornaram memes, tendências de moda e coreografias replicadas no TikTok. O single liderou as paradas por semanas e confirmou o sucesso da nova fase.
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2025 – “Walk of Fame” e o brilho absoluto da era Something Beautiful
No clipe lançado há uma semana, Miley Cyrus desfila por uma versão onírica da Calçada da Fama, misturando realidade e fantasia em cenas que dialogam com a fama, a solidão e o culto à imagem. Com figurinos luxuosos, direção de arte refinada e um clima de cinema noir contemporâneo, “Walk of Fame” reafirma a força visual da era Something Beautiful e projeta a cantora em sua fase mais sofisticada. A estética do vídeo e a interpretação emocional intensa consolidam Miley como uma artista em pleno domínio de sua narrativa — madura, provocadora e no auge criativo.
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Não existe mais como afirmar que Miley Cyrus é definitivamente uma estrela digna da Calçada da Fama… porque isso já seria dizer pouco.
O que se vê agora é uma artista que transcende rótulos e categorias. Com uma trajetória marcada por reinvenções, ousadia estética e consistência musical, Miley cravou seu nome não apenas no chão de Hollywood… mas no topo da cultura contemporânea.