Toda vez que vemos a conclusão de filmes ou sagas, normalmente há uma sensação de “missão cumprida”, pois as tramas obedecem a um fluxo já bastante consagrado na cultura pop. Contudo, em franquias que estão sempre se expandindo, a exemplo de Star Wars, a dura verdade é que as vitórias conquistadas, mesmo as mais importantes, não passam de apenas alguns momentos de satisfação dentro de um sistema difícil de ser alterado.
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Atenção para spoilers de Star Wars: Doctor Aphra — Chaos Agent #2!
Mesmo após a queda do Império Galáctico na trilogia original da Saga Skywalker, a nova fase da galáxia distante está longe de ser pacífica. Em Star Wars: Doctor Aphra – Chaos Agent #2, lançado recentemente pela Marvel Comics, Luke Skywalker se vê diante da amarga constatação de que a vitória da Aliança Rebelde em O Retorno de Jedi não trouxe as mudanças que ele esperava.
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A história se passa logo após a Batalha de Jakku, quando o Império finalmente se rende e a Nova República assume o poder. Agora, Skywalker parte em missão ao lado da Doutora Chelli Aphra, a carismática e imprevisível arqueóloga do submundo galáctico.
A dupla busca pistas sobre uma manopla de origem misteriosa, com autorização oficial do recém-formado Departamento de Artefatos da Nova República. O planeta visitado faz parte dos sistemas filiados ao novo regime, o que leva Luke a supor que os habitantes cooperariam prontamente com o pedido.
Mas Aphra logo joga um balde de água fria no otimismo Jedi: “De muitas formas, nada mudou”. A revelação de Aphra destaca uma realidade amarga: apesar da queda do regime imperial, muitos mundos — especialmente os mais ricos e influentes, como Aargau — continuam vivendo como sempre viveram.
Star Wars tem sido mais verossímil
Luke insiste em manter o otimismo, mesmo reconhecendo que nem todos os povos o receberão de braços abertos. Ainda assim, sua ingenuidade transparece ao acreditar que as coisas deveriam estar mais fáceis, enquanto Aphra, mais realista e calejada, não hesita em alertá-lo.
Na verdade, a trama traz um pouco mais de realismo a Star Wars, com um comportamento muito mais verossímil da organização social de toda a galáxia após a queda do Império. A maioria das populações ainda gira em torno de seus próprios interesses e sobrevivência, sem grande envolvimento com os conflitos políticos galácticos. Para eles, não importa quem está no poder no Senado de Coruscant.
Star Wars: Doctor Aphra – Chaos Agent #2 ressalta um dos temas mais recorrentes e realistas da franquia: a complexidade das transições de poder. Mesmo com a Nova República no comando, não há garantia de que a opressão, a desigualdade e os interesses escusos tenham sido abolidos.
A galáxia continua imensa, fragmentada e resistente a mudanças radicais. A mensagem fica mais clara, de que derrubar um império seria apenas o primeiro passo, pois o verdadeiro desafio é construir algo melhor no lugar.
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