A Copa do Mundo de Clubes de 2025 não consagrou apenas o Chelsea como campeão mundial. Fora de campo, a competição foi palco de uma disputa intensa entre gigantes da mídia brasileira: Globo/SporTV e CazéTV. Embora com propostas de atuação diferentes, as duas plataformas comemoram os resultados alcançados.
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Do lado da CazéTV, a cobertura digital do Mundial de Clubes rendeu 51,7 milhões de dispositivos conectados no YouTube, um crescimento de 20,2% em comparação com a performance da emissora nas Olimpíadas de Paris 2024 — evento que já havia sido um marco para o canal.
Mais do que isso: as visualizações em todas as plataformas (YouTube, Instagram e TikTok) somaram 5 bilhões, mais do que o dobro dos 2 bilhões registrados nos Jogos Olímpicos.
Outro destaque da CazéTV foi a transmissão do confronto entre Flamengo e Bayern de Munique, que atingiu 6,5 milhões de dispositivos conectados simultaneamente no YouTube. Trata-se do segundo maior pico de audiência da história da CazéTV, atrás apenas da transmissão do jogo entre Brasil e Croácia na Copa do Mundo de 2022, com 6,9 milhões.
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A Globo contou com os direitos exclusivos na TV aberta e por assinatura. Segundo dados do Kantar Ibope, mais de 131 milhões de pessoas assistiram aos jogos pela Globo e SporTV. A audiência da final entre PSG e Chelsea, mesmo sem a presença de um time brasileiro, marcou 22,5 pontos na Grande São Paulo, a maior da faixa horária dos domingos nos últimos oito meses.
Entre os dados mais festejados pela emissora está a recuperação de público: 17 milhões de telespectadores que estavam afastados da Globo há pelo menos quatro semanas voltaram a sintonizar no canal durante o Mundial. Dentro desse total, 35% são jovens entre 18 e 34 anos.
O SporTV foi líder da TV por assinatura durante a competição, com 272% de audiência a mais do que a DAZN, sua concorrente direta no evento. No ambiente digital, o Globoesporte.com acumulou 650 milhões de pageviews.
A diferença entre as duas plataformas evidencia a pluralidade dos formatos e das formas de consumo de conteúdo esportivo no Brasil. A Globo ainda reina na TV tradicional, enquanto a CazéTV mantém seu protagonismo nas redes sociais e no consumo sob demanda, especialmente entre o público jovem e conectado.
Se a Globo tem vantagem em números absolutos de audiência, a CazéTV mostra força e consistência em sua proposta de transmissão alternativa, irreverente e com forte apelo digital.
Próxima disputa
As duas empresas já se preparam para o próximo embate direto: a Copa do Mundo de Seleções de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá.
O torneio terá a Seleção Brasileira em campo, o que naturalmente amplia ainda mais o alcance e o impacto da disputa. Se o Mundial de Clubes serviu como um teste de força e audiência, a Copa de 2026 promete ser o “vale tudo” da comunicação esportiva no país.
Até lá, tanto a Globo quanto a CazéTV devem continuar explorando e divulgando os números da Copa do Mundo de Clubes como ativos comerciais valiosos, reforçando para o mercado que há muito espaço — e muita audiência — para diferentes formatos de transmissão esportiva no Brasil.
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