6 filmes de terror na Netflix que ainda tiram o sono de muita gente

Embora ainda sejam bastante esnobados pelas premiações, os filmes de terror já provaram há muito tempo que não precisam desse tipo de validação para serem reconhecidos como um gênero de peso na indústria cinematográfica.

Desde o lançamento de Le Manoir du Diable, de Georges Méliès, em 1896 – curta-metragem que causou impacto no público e mostrou que esse tipo de arte também podia provocar medo e desconforto – os filmes de terror ganharam um público cativo, que passou a apreciar as emoções promovidas por suas histórias.

Filmes de terror de tirar o sono na Netflix

Pensando nisso, e em quem gosta de agarrar o braço do sofá de pavor e perder o sono depois de assistir a algum longa-metragem do gênero, o Canaltech montou uma lista de 6 ótimos filmes de terror disponíveis no catálogo da Netflix.

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Os títulos estão ordenados conforme seu ano de lançamento e passam por títulos de terror sobrenatural, horror folk, suspense, slasher e vários outros subgêneros. Confira e não deixe de maratonar!

Apóstolo (2018)
O Que Ficou Para Trás (2020)
Raízes Macabras (2020)
Rua do Medo: 1994 – Parte 1 (2021)
O Monastério (2022)
O Mal que nos Habita (2023)

1. Apóstolo

Escrito e dirigido por Gareth Evans, Apóstolo é um filme de terror gótico que, apesar do clima inicialmente tranquilo, ganha uma atmosfera de paranoia e claustrofobia conforme cresce a presença sobrenatural aterradora de sua narrativa. Mistura de horror religioso com folclore pagão, o longa bebe de claras referências como o clássico O Homem de Palha (1973), de Robin Hardy, e do subgênero de horror cósmico criado por H. P. Lovecraft.

Ambientado no ano de 1905, Apóstolo segue os passos de Thomas Richardson, um homem que viaja para uma ilha remota para resgatar sua irmã, sequestrada e mantida no local por um misterioso culto. Decidido a encontrá-la a qualquer custo, Thomass vai aos poucos confrontando as crenças e práticas violentas do grupo e revelando todas as mentiras sob as quais ele foi construído.

2. O Que Ficou Para Trás

Combinando elementos de terror sobrenatural com horror psicológico, O Que Ficou Para Trás é um filme original da Netflix lançado em 2020. Escrito e dirigido por Remi Weekes, o longa ficou especialmente famoso por explorar o trauma dos imigrantes refugiados sob um viés totalmente diferente, aqui mostrado em uma história de “lar assombrado” em que os sustos e reviravoltas realmente chocam o espectador.

Com um suspense muito bem dosado, O Que Ficou Para Trás gira em torno de Rial e Bol, um casal de refugiados do Sudão do Sul, que após presenciar os horrores da guerra e de um país devastado, luta agora para se adequar a sua nova vida em uma cidade inglesa. O que eles não sabem, porém, é que a cidade para a qual se mudaram possui um terrível mal escondido sob a superfície, que não vê a hora de se revelar.

3. Raízes Macabras

Mais um longa de terror folk, Raízes Macabras (The Old Ways, no original, em inglês) é um filme que, diferente da maioria das histórias de bruxaria, não explora o viés europeu do assunto, mas sim as tradições de magia populares do México. Dirigido por Christopher Alender, o título toca em temas como herança e ancestralidade, e traz muitas cenas incômodas de horror corporal.

Elogiado pela crítica por sua profundidade e por ser um filme de possessão realmente assustador, Raízes Macabras segue os passos de Cristina, uma repórter que decide voltar à sua cidade natal, Veracruz, no México, para fazer uma matéria sobre cultura tribal. Ao chegar no local, porém, Cristina acaba sendo sequestrada por moradores locais que acreditam que ela está possuída por um demônio.

4. Rua do Medo: 1994 – Parte 1

Um dos títulos mais famosos da lista, Rua do Medo: 1994 – Parte 1 é um longa-metragem de terror sobrenatural baseado na série de livros de mesmo nome de R. L. Stine. Dirigido por Leigh Janiak, o longa-metragem de 2021 é apenas a primeira parte de uma trilogia chamada Rua do Medo, que além de verdadeiramente chocante (com cenas sanguinolentas e de gore impactante), é uma grande homenagem ao slasher dos anos 1990

Dono de um visual neon e nostálgico, Rua do Medo se passa em 1994, quando, após o assassinato de uma colega de escola, um grupo de adolescentes passa a ser perseguido por mortos-vivos mascarados que querem matá-los. Ao investigarem a situação, os jovens descobrem que, no passado, a pequena cidade de Shadyside foi amaldiçoada pela bruxa Sarah Fier e palco de vários assassinatos brutais, o que os leva a uma corrida contra o tempo para quebrar a bruxaria e sobreviver à perseguição.

5. O Monastério

Terror polonês de 2022, O Monastério é um longa escrito pelo casal Mirella Zaradkiewicz e Bartosz M. Kowalski, com Barotz também tendo atuado como diretor da produção. “Descoberto” tardiamente pelo público da Netflix, ele fez sucesso no catálogo do streaming só um ano depois de seu lançamento, ao apresentar um suspense investigativo que se mistura a uma trama grotesca de terror psicológico.

Ambientado em 1957, O Monastério gira em torno de Marek, um jovem policial disfarçado que decide se infiltrar em um monastério para investigar um caso de desaparecimento. Passando-se por clérigo, Marek passa a viver no local que abriga um sanatório para pessoas possuídas e que, além de não ter saída, aos poucos começa a transparecer verdades bastante perturbadoras.

6. O Mal que nos Habita

Mais um filme de possessão, O Mal que nos Habita é um longa-metragem argentino de 2023 que conseguiu relativo sucesso em todo o mundo. Usando de violência gráfica e de uma história bastante original, que trata a possessão como uma doença viral, o título ficou especialmente famoso pela construção angustiante de sua narrativa, que deixa os sustos fáceis de lado para apostar em um horror consistente e refinado.

Protagonizado por Ezequiel Rodriguez, O Mal que nos Habita se passa em uma pequena vila da Argentina, onde dois irmãos encontram um corpo mutilado perto de sua propriedade e descobrem que, além de infectado pelo diabo, o moribundo está prestes a dar a lua a um demônio real. Desesperados, eles buscam escapar do domínio do ser maligno, tentando salvar sua família de um mal que não se pode racionalizar.