Quem viveu a era dos computadores nos anos 2000 certamente guarda na memória uma série de programas que faziam parte da rotina digital. Era o tempo das mensagens no ICQ, das músicas rodando no Real Player e dos downloads intermináveis no Napster. Esses softwares marcaram uma geração que acompanhou de perto a transformação da internet, antes dos aplicativos dominarem o mercado e os serviços em nuvem virarem o novo padrão. Relembre a seguir alguns dos programas que fizeram história no mundo online e você nem lembra que usou.
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Programas de computador clássicos dos anos 2000 fizeram história e caíram no esquecimento
Reprodução/Freepik
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Quais os programas que fizeram sucesso nos anos 2000?
1. RealPlayer
Real Player marcou época nos anos 2000
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O Real Player foi um dos programas mais populares dos anos 2000 para quem buscava uma solução para reproduzir música em mp3 e vídeos. O software ganhava destaque pela sua compatibilidade com diferentes formatos e pelo desempenho leve, o que o tornava ideal para os PCs da época, limitados em memória RAM e processamento. Além disso, o player tinha visual simples e oferecia recursos que pareciam avançados para a época, como a possibilidade de baixar vídeos da internet, algo raro naquele período. Embora ainda esteja disponível em versões modernas, o programa perdeu espaço diante da ascensão de plataformas como o YouTube, Spotify e Deezer.
2. Google Reader
Google Reader era leitor de RSS e notícias
Divulgação/Google
O Google Reader era uma plataforma que permitia acompanhar atualizações de sites, blogs e portais de notícias por meio de feeds RSS. Lançado em 2005, ele permitia que os usuários centralizassem todo o conteúdo favorito da web em uma interface limpa, organizada e com recursos extras como estatísticas de leitura, sugestões de novos canais e tendências. O auge da utilização ocorreu em meados de 2007, quando monitorava mais de 8 milhões de feeds e concentrava 70% do tráfego em navegadores como o Firefox.
A plataforma tinha funções sociais que permitiam acompanhar o que amigos liam e compartilhavam, transformando o Google Reader em uma espécie de rede social. Em 2011, porém, o Google esvaziou esses recursos interativos ao integrar o serviço ao fracassado Google+, o que afastou usuários. O recursoMirco foi encerrado em 2013, mesmo após 100 mil usuários assinarem uma petição para a manutenção da ferramenta.
3. Microsoft Money
O Microsoft Money era um programa para quem buscava administrar as finanças pessoais e até pequenas contas empresariais pelo computador. O software permitia gerenciar talões de cheques, pagar contas online e organizar orçamentos domésticos ou corporativos digitalmente, o que era revolucionário para a época. No entanto, muitos dos serviços oferecidos passaram a ser incorporados diretamente pelas instituições financeiras, diminuindo a relevância do programa, que foi descontinuado em 2009.
Microsoft Money Plus
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4. ICQ
O ICQ foi um dos primeiros mensageiros instantâneos a fazer sucesso globalmente e dominou a comunicação online nos anos 2000, especialmente antes da ascensão do MSN Messenger. Lançado em 1996, o programa permitia trocar mensagens em tempo real, enviar arquivos, participar de grupos e até realizar chamadas de voz, muito antes disso se tornar padrão. O som característico ao receber mensagens se tornou uma marca nostálgica para toda uma geração, assim como o sistema de identificação por números, uma novidade na época.
Em 1998, o ICQ foi comprado pela AOL, mas foi perdendo espaço para concorrentes mais modernos. Mesmo assim, resistiu por décadas até anunciar oficialmente o seu encerramento em 2024.
ICQ foi um dos pioneiros e icônicos programas de mensagens instantâneas
Reprodução/Archive.org
5. Napster
Napster foi um dos pioneiros em compartilhamento de MP3
Reprodução/Reddit
O Napster popularizou o compartilhamento de músicas pela internet e introduziu o conceito de rede P2P ao grande público. Lançado em 1999, o programa permitia que usuários baixassem arquivos mp3 diretamente dos computadores de outras pessoas, por meio de um servidor central, uma facilidade inédita na época. O crescimento da ferramenta foi meteórico, chegando a oito milhões de usuários diários em 2001, o auge da plataforma. Mas a praticidade levantou uma série de questionamentos sobre a distribuição ilegal de músicas, resultando no encerramento do serviço.
A ferramenta chegou a ser relançada no mesmo ano de 2001, mas não obteve o mesmo sucesso. Contudo, a popularidade serviu de inspiração para sucessores como Ares e eMule e influenciou o surgimento dos serviços de streaming de música. Hoje, o nome Napster sobrevive como uma plataforma legalizada, com milhões de faixas disponíveis para streaming em dispositivos móveis, sem a mesma adesão dos anos 2000.
Com informações de BizTech Magazine, Watch Mojo e UFRJ.
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