11 coisas que todo mundo tinha em casa e hoje não tem mais

Tem certos aparelhos que um dia foram indispensáveis. Estavam em praticamente todas as casas, faziam parte da rotina, e a gente nem imaginava viver sem. Mas aí o tempo passou, a tecnologia avançou, os costumes mudaram, e eles sumiram. 

Alguns deixaram saudade, outros nem tanto. O fato é que, se você viveu nos anos 90 ou 2000, provavelmente viu e usou todos esses itens:

  1. DVD, Blu-ray e VHS Player;
  2. Telefone fixo; 
  3. Ferro de passar;
  4. Computador desktop (sem ser gamer);
  5. Home Theater;
  6. Aparelho de som;
  7. Centrífuga;
  8. Enceradeira;
  9. Rádio relógio;
  10. Filtro de barro;
  11. Tostex.

1. DVD, Blu-ray e VHS Player

Durante muito tempo, assistir a um filme em casa dependia de um desses aparelhos. Primeiro veio o videocassete, com suas fitas VHS e o hábito obrigatório de rebobinar antes de devolver para a locadora. 


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Videocassetes, DVD Player e Blu-ray ficaram no passado (Imagem: Ron Lach/Pexels)

Depois, o DVD player virou padrão, com melhor qualidade e menus interativos que pareciam coisa de outro mundo. O Blu-ray até tentou ser o sucessor, mas chegou tarde demais e foi engolido pelo streaming.

Hoje, com serviços como Netflix, Prime Video e outros, é difícil justificar ter um aparelho físico só para ver filmes. E as próprias mídias físicas, como DVD e Blu-ray, viraram item de colecionador. As locadoras, por sua vez, foram substituídas pelos apps de streaming, e muitos até copiam o formato de “aluguel” consagrado por elas. 

2. Telefone fixo

Durante décadas, o telefone fixo foi a única forma de se comunicar à distância. Era comum ter um no corredor ou na sala, com fio espiral enrolado e até agenda telefônica do lado. Ligar para casa de alguém exigia decorar o número, ou consultar toda vez que fosse discar.

E, por um bom tempo, sequer havia um modo de saber quem estava te ligando ou ao menos ver o número. Somente após um tempo surgiram as famosas “bina”, nome popular para os identificadores de chamadas. O serviço chegou ao Brasil em meados dos anos 90, e ficou famoso mais para o final da década. 

Com a popularização do celular, o fixo perdeu completamente a função. Hoje, quem ainda mantém um faz isso por costume, exigência de algum serviço ou plano de internet. Fora isso, se ele tocar, pode apostar: é trote, cobrança ou telemarketing

Telefone fixo foi aposentado com a popularização dos celulares (Imagem: Ron Lach/Pexels)

3. Ferro de passar

O ferro de passar já foi símbolo de casa organizada. Toda semana tinha dia certo para encarar o calor e transformar aquela pilha de roupa amassada em peças lisinhas. Mas o tempo passou, a vida ficou mais corrida, e o costume de passar roupa foi ficando na história.

Hoje, com tecidos sintéticos que quase não amassam e um estilo de vida mais prático, muita gente simplesmente pula essa etapa. 

Além disso, os novos vaporizadores prometem ser o futuro para quem quer desamassar uma peça de roupa de forma mais ágil e prática. E quem tem secadora em casa muitas vezes não precisa se preocupar com a roupa amassada se tirar tudo da máquina logo que o ciclo terminar.

4. Computador desktop (sem ser gamer)

Nos anos 2000, o desktop era o centro digital da casa. Geralmente ficava num cantinho da sala ou num “escritório improvisado”, com mesa própria e aquelas CPUs — nome popular para os gabinetes — grandes. 

O “combo” ainda costumava incluir monitor de tubo (protegido com uma capa, para não amarelar) e uma impressora barulhenta e com ainda mais vontade própria. Era ali que a gente acessava a internet discada, fazia trabalhos da escola e até imprimia currículo.

Computador de mesa antigamente exigia um combo completo de dispositivos para usar devidamente (Imagem criada por IA/Gemini)

Com o tempo, notebooks ficaram mais acessíveis, celulares evoluíram e tudo foi ficando mais portátil. Hoje, o desktop só sobrevive mesmo entre gamers ou profissionais que precisam de desempenho bruto. 

5. Home theater

Quem montava um home theater em casa, lá pelos anos 2000, era quase um entusiasta de cinema. O conjunto vinha com várias caixinhas de som, um subwoofer enorme e um receptor cheio de entradas. Era preciso paciência para instalar tudo, esconder os fios e configurar as caixas corretamente.

Mas aí chegou a soundbar. Um único equipamento, som potente, zero bagunça. Em paralelo, as TVs passaram a ter alto-falantes melhores, a experiência de áudio em casa ficou mais simples, e o home theater ficou no passado.

6. Aparelho de som

Antes do Bluetooth e antes dos celulares com Spotify, o som da casa era garantido por um bom aparelho 3 em 1, ou até por um microsystem com entrada para CD e fita. Quem era mais raiz ainda tinha uma estante de discos ou cassetes para escolher o que tocar no fim de semana.

Hoje, as caixinhas Bluetooth da JBL e outras marcas dominam. Pequenas, práticas e com qualidade surpreendente, elas eliminaram de vez os trambolhos de outrora. Sem contar que dá para ter a discografia completa de incontáveis artistas tudo em um único app. O aparelho de som, nesse cenário, virou peça decorativa ou item de museu.

7. Centrífuga

A centrífuga era comum nas casas brasileiras antes da popularização das lavadoras modernas. Ela ajudava a tirar o excesso de água da roupa, deixando tudo “quase seco”, antes de ir para o varal. Era barulhenta e exigia atenção para não sair “andando” pela área de serviço, mas cumpria bem seu papel.

Com as lavadoras automáticas e os modelos lava e seca ganhando espaço, a centrífuga foi perdendo utilidade. Hoje, são raríssimos os lares que ainda contam com uma dessas.

8. Enceradeira

Antes do porcelanato, o chão da casa brasileira era, na maioria das vezes, de taco de madeira ou piso frio. E para deixá-lo brilhando, entrava em cena a enceradeira: pesada, barulhenta e quase sempre com cara de “anos 80”. Usar exigia jeito e força no braço.

Com o tempo, o costume de encerar o chão desapareceu. Os materiais mudaram, a rotina ficou mais prática e a enceradeira virou símbolo de um tempo em que sábado era dia oficial de faxina. Hoje, se aparecer em alguma casa, é mais por apego do que por necessidade.

9. Rádio relógio

Despertar as pessoas com música ou notícia era função do rádio relógio, que ficava na cabeceira da cama. Tinha display vermelho ou verde, mostrava a hora mesmo no escuro e servia como despertador, além de ter aquele chiado típico ao mudar de estação.

Com a chegada do celular, ele perdeu completamente o lugar. Agora, o telefone dá a hora, toca o alarme, mostra a previsão do tempo e ainda tem apps específicos para quem quer deixar a hora de acordar mais “personalizada”. O rádio relógio ficou no passado e é mais uma das vítimas dos smartphones, que também mataram as calculadoras básicas já nos anos 1990. 

Para resgatar esse apelo nostálgico, alguns dispositivos até tentam achar um lugar na mesa de cabeceira O Echo Spot da Amazon surgiu em 2024 com uma proposta que lembra bastante os rádio relógios, mas não chega perto de oferecer a mesma experiência, seja de forma positiva ou negativa. 

10. Filtro de barro

Ícone da casa brasileira, o filtro de barro não só servia para deixar a água limpa, como também geladinha, mesmo sem energia. O gosto da água era outro e, para muita gente, ainda é. Tinha que trocar o filtro de tempos em tempos, mas era um ritual aceito com naturalidade.

Filtros de barro eram populares nos anos 90 e começo dos anos 2000 (Imagem: Reprodução/Wikimedia Cummons)

Hoje, o filtro elétrico e os galões de 20 litros tomaram conta. São mais práticos, exigem menos manutenção e ocupam menos espaço. Mesmo assim, o filtro de barro segue vivo em muitas casas do interior, e no coração de quem ainda prefere o “sabor da infância”.

11. Tostex (de fogão)

Antes da sanduicheira elétrica, era o tostex de alumínio que reinava. Dois discos com cabo, onde o pão era prensado e levado direto à boca do fogão. O resultado? Um sanduíche com casquinha crocante e aquele queimadinho perfeito que nenhuma sanduicheira moderna consegue reproduzir.

Apesar do charme retrô, o tostex foi deixado de lado pela praticidade das opções elétricas. Menos sujeira, menos risco de queimar o pão (ou a mão) e mais agilidade. Mas, para quem viveu essa época, nada supera o barulhinho do pão selando na chama.

Hoje, ainda há quem tenha um desses em casa, e vários modelos ainda são vendidos. Mas o apelo ficou no passado. 

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